Iniciada na semana passada, a série de entrevistas de GaúchaZH com os candidatos às duas vagas ao Senado se encerra nesta quinta-feira (30). A pedido da reportagem, os postulantes ao cargo se posicionaram sobre 10 temas relevantes em pauta no Estado e no país, como foro privilegiado, reformas da Previdência e tributária, criação de novos municípios e privatizações. O objetivo, ao apresentar as mesmas questões para todos os concorrentes, foi oferecer ao leitor a possibilidade de comparação entre os adversários. Confira as respostas de Mario Bernd, candidato pelo PPS.
Qual é a sua posição sobre a revisão do foro privilegiado?
Sou contra o foro para todos, inclusive para o presidente da República, salvo no caso de atos praticados durante o mandato que sejam de fundo administrativo.
É a favor ou contra a reforma da Previdência?
Sou absolutamente a favor. Defendo que tenhamos idade mínima compatível com a expectativa de vida — poderia ser de 65 anos para homens e mulheres.
Sobre a reforma tributária, qual é a sua posição?
Sou absolutamente a favor da reforma tributária. Temos impostos demais e exacerbados. Hoje se tributa muito o trabalho e o consumo, o que é um equívoco.
O Estado deve aderir ao regime de recuperação fiscal da União?
O Estado tem de aderir ao regime, mas com uma cláusula importante: os juros devem ser alterados depois se vierem a baixar.
É favorável à criação de municípios, com a regulamentação para emancipações?
A criação de novos municípios encareceria cada vez mais a máquina pública e seria mais uma fonte de corrupção e má gestão.
O que pensa sobre o projeto Escola sem Partido? Votará a favor ou contra?
Sou a favor do projeto. A ideologia deve ficar fora do ensino público, embora acredite que o debate deva ser livre.
Qual a sua posição sobre a política de cotas nas universidades públicas?
Sou contra as cotas. Tratar diferentes com vantagens é discriminação. O brasileiro não tem de sentir culpa por ter negros, pardos, brancos e imigrantes.
A Constituição diz que segurança pública é responsabilidade dos Estados. Mudaria esse preceito?
Não mudaria esse preceito, mas ampliaria, por lei, o que é feito. A União já repassa recursos para os Estados aplicarem em segurança.
É a favor ou contra a privatização de estatais?
Sou contra a privatização de Petrobras, Banco do Brasil e Caixa porque são estratégicas, mas sou a favor de privatizar a Eletrobras.
Qual sua opinião sobre a descriminalização das drogas e do aborto?
Do ponto de vista da pura e simples liberação das drogas, sou contra. Quanto ao aborto, tem de ser liberado.