Em sabatina na TV Record na noite desta segunda-feira (27), a candidata à Presidência pela Rede, Marina Silva, voltou a defender a consulta popular para qualquer projeto sobre aborto.
— Vou aproveitar este momento para deixar clara a minha posição sobre este tema. Sou contra o aborto. Mas decisão para além do que existe na lei atual deve ir a consulta popular. Não acredito que 513 pessoas podem decidir por 200 milhões — afirmou a candidata.
Marina afirmou ainda ser contra o aborto por questões religiosas, éticas e filosóficas.
— O aborto não pode ser tratado como método contraceptivo — afirmou.
Atualmente, esse procedimento só é legal no país quando há risco para a gestante, em casos de estupro ou anencefalia do feto.
A posição da candidata sobre o tema é vista com resistência em setores que já a apoiaram. O pastor Silas Malafaia, que votou em Marina em 2014, passou a apoiar Jair Bolsonaro (PSL) e criticou reiteradas vezes a ex-senadora nas últimas semanas. Para ele, um "cristão de verdade" não vota nela. A campanha de Jair Bolsonaro também tem atacado Marina por essa abordagem.
— Marina Silva falou que aborto e maconha têm que ser resolvidos via plebiscito. Eu acho que não — afirmou Bolsonaro no debate da TV Bandeirantes.