Mais um pedido de cassação do mandato do vereador Sandro Fantinel (sem partido) foi protocolado na Câmara de Caxias do Sul. A representação é assinada por seis eleitores caxienses: José de Jesus Freitas, metalúrgico; Ricardo Fioravanti Paim, servidor público federal; Pamela Brites da Silva, estudante; José Luiz Diel, diretor do Sindicato dos Metalurgicos de Caxias; Francisco Lucas da Liz e Souza, metalúrgico; e Douglas Andirel de Oliveira, desempregado. Conforme a assessoria de comunicação do Legislativo, o pedido foi enviado ao setor jurídico da Casa para análise.
No documento, protocolado nesta sexta-feira (3), eles pedem que seja acolhida a representação e enviada à comissão processante que avalia a cassação de Fantinel. Na sessão de quinta, a Câmara aprovou a admissibilidade do pedido de cassação do parlamentar de autoria do ex-vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu. Outras três denúncias foram apresentadas e anexadas à representação – uma do PDT de Caxias, uma de Davi Catarino Santana, secretário-geral do Patriota, e uma conjunta das Defensorias Públicas dos Estados da Bahia e do Rio Grande do Sul.
Fantinel foi notificado pela comissão processante da abertura do processo de cassação contra ele na noite desta sexta. O vereador tem o prazo de 10 dias para apresentar defesa prévia por escrito, indicar as provas que pretende produzir e relacionar até 10 testemunhas. A comissão presidida por Tatiane Frizzo (PSDB), têm até 90 dias para concluir os os trabalhos, mas pretende encerrar antes, entre 30 e 45 dias.
O processo ocorre em função das falas preconceituosas de Fantinel na tribuna no dia 28 de fevereiro quando comentava a operação que resgatou 207 trabalhadores em trabalho análogo à escravidão na colheita da uva.