Enquanto aguarda o julgamento da ação que pede a cassação da sua chapa, Diogo Siqueira (PSDB) foi empossado como prefeito de Bento Gonçalves na manhã desta sexta-feira (1º), na Câmara de Vereadores da cidade. A cerimônia contou apenas com a presença de poucos convidados, além dos vereadores eleitos.
Ao lado do vice, Amarildo Lucatelli (Progressistas), o ex-secretário da saúde de Bento e ex-prefeito de Santa Tereza agradeceu aos seus mais de 19 mil eleitores, aos partidos que o apoiaram e à sua família, mas destacou que pretende uma administração plural:
— Estamos entrando em uma nova fase de governo. Um governo para todos, para Bento Gonçalves, para todo o cidadão. Nosso compromisso é com os mais de 120 mil habitantes de Bento Gonçalves.
Em 25 de novembro, a chapa de Siqueira chegou a ser cassada. A decisão da Justiça Eleitoral considerou que a coligação "Gente que faz Bento" (PSDB/Progressistas/Republicanos) foi beneficiada por divulgações em canais oficiais da administração municipal. A ação havia sido protocolada ainda antes das eleições pela coligação "Bento Unido e Forte", do candidato Alcindo Gabrielli (MDB). No dia 15 de dezembro, porém, a juíza eleitoral Romani Dalcin suspendeu a cassação e o prefeito vencedor nas urnas pôde ser diplomado e empossado. No entanto, o caso será apurado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RS) e ainda pode resultar na cassação de Diogo e Amarildo. Em seu discurso de posse, o novo prefeito não citou o caso.
Dedicação total
Além da chapa majoritária, também foram empossados os 17 vereadores eleitos de Bento Gonçalves. Em um discurso bem direcionado ao legislativo, Siqueira falou da importância que os gestores escolhidos pela população têm para os moradores da cidade. Em um sinal de entrega ao povo, o novo prefeito comparou o trabalho realizado pelos políticos eleitos com o realizado por religiosos.
— A vida pública é uma espécie de sacerdócio, não só de quem está à frente do cargo, mas é de toda família também. É uma vida abnegada, não temos mais final de semana e acabamos não tendo mais horário. Essa vida é um sacerdócio, pois precisamos colocar toda a energia que temos nesse trabalho. Precisamos fazer, não por nós, temos que pensar que são 120 mil cidadãos que precisam que o nosso trabalho dê certo — afirmou.
Depois da posse, houve a cerimônia de transmissão de cargo no Salão Nobre do Palácio Municipal, quando Guilherme Pasin (Progressistas) passou a gestão para Siqueira.