A primeira sessão ordinária do ano no Legislativo caxiense, nesta terça-feira (04), será marcada não apenas por ritos tradicionais, como a presença do prefeito Flavio Cassina (PTB) para discurso em plenário, mas também por um novo pedido de impeachment no município.
O governo atual tomou posse há menos de um mês e já enfrenta solicitação de afastamento. O presidente da Associação de Moradores do Bairro Mariland, Rodolfo Pereira Valim Junior e a moradora do bairro São Caetano, Michele Karpinski da Silva, assinam o documento de impeachment alegando que Cassina e o vice Elói Frizzo (PSB) tomaram posse dos cargos no Executivo sem terem renunciado aos mandatos de vereadores na Câmara. Eles efetivaram a renúncia aos mandatos quatro dias após a posse, em 13 de janeiro.
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A sessão começará às 8h30min desta terça-feira (04) e o primeiro trâmite será a eleição do 1º vice-presidente da Mesa Diretora. Os vereadores Adriano Bressan (MDB) e Denise Pessôa (PT) estão inscritos para concorrer ao cargo. Depois disso, é aguardada a manifestação do prefeito em plenário, que vai se pronunciar principalmente sobre a situação financeira do município. Pelo rito, a admissibilidade ao impeachment será apreciada apenas após os discursos de vereadores já previstos para o dia. Caso for aceito, um processo será aberto.
O pedido não é tratado como um problema para a administração municipal.
— Recebemos com total tranquilidade. Seria contraditório falar diferente. O pedido é um direito legítimo de qualquer cidadão. A Câmara terá todo o critério e responsabilidade para apreciar — falou Frizzo nesta segunda-feira (03).
No início do ano, Cassina e Frizzo tiveram 19 votos em apoio para assumir a administração municipal . Caxias do Sul já havia passado por sete solicitações de saída do então prefeito Daniel Guerra em apenas três anos, até a cassação ser confirmada em dezembro passado.