Para evitar o resultado desastroso de 2014, quando nenhum candidato de Caxias do Sul foi eleito deputado estadual e apenas um se elegeu para a Câmara dos Deputados, os partidos devem reduzir o número de candidaturas em relação ao último pleito para, assim, tentar emplacar algum nome. Essa é a tendência que se verifica a um ano das eleições de 2018. Na última eleição, Caxias teve 54 candidatos na disputa proporcional: 35 para deputado estadual e 19 para federal. Para o próximo pleito, o número total gira, por enquanto, ao redor de 29.
O PT, por exemplo, não deve repetir as quatro candidaturas à Assembleia Legislativa em 2014. No entendimento da presidente municipal da sigla, a vereadora Ana Corso, foi um “erro feio” lançar tantos nomes.
– Um e um seria a melhor tática. Um a federal e um a estadual. No máximo, dois a estadual.
Os vereadores Denise Pessôa (em licença-maternidade) e Rodrigo Beltrão já manifestaram interesse em concorrer à Assembleia, mas nos bastidores é dada como certa a candidatura do hoje deputado federal Pepe Vargas, o que, se não inviabilizaria, prejudicaria as candidaturas de Denise e Beltrão por conta do peso de Pepe. Ana nega e garante que ele é o candidato natural do PT à Câmara dos Deputados.
No PDT, o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho é o único pré-candidato a deputado federal. A estadual, são cinco pré-candidatos: o presidente da GramadoTur e candidato à prefeitura de Caxias em 2016, Edson Néspolo; o coordenador da bancada do PDT na Assembleia, Vinicius Ribeiro; os vereadores Rafael Bueno e Gustavo Toigo; e o médico Miguel Grazziotin. O número dificilmente será viabilizado, já que Alceu, presidente do partido, adiantou que serão apenas dois candidatos, no máximo. Miguel Grazziotin já disse que abre mão se Bueno for para a disputa.
O PMDB segue sem definições, com os nomes do deputado federal Mauro Pereira e do ex-vice-prefeito Antonio Feldmann colocados na mesa para deputado federal e do vereador Edson da Rosa e do secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo, para deputado estadual. Mauro, obviamente, é um nome natural, por já ser deputado, mesmo que tenha assumido como suplente.
– A primeira discussão será do número de candidatos – diz Paulo Périco, vereador e presidente do PMDB de Caxias.
Feldmann, que deseja concorrer a deputado federal desde 2014, pode deixar o PMDB. Ele diz que muitos amigos o têm aconselhado a trocar de sigla para ter espaço para concorrer. Na última eleição, ele quis disputar uma vaga à Câmara dos Deputados, mas ficou inelegível ao assumir a prefeitura durante ausência do ex-prefeito Alceu. Feldmann, que hoje é diretor no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, chegou a se negar a assumir o Executivo. Ele diz, inclusive, que está sendo sondado por outros partidos.
– Não seria pela minha vontade (trocar de partido). Vai depender mais do próprio PMDB de Caxias – destaca.
Já o PRB, do prefeito Daniel Guerra, tem, por enquanto, somente uma pré-candidatura: Dalva Guerra, irmã do prefeito, colocou-se à disposição para concorrer a deputada estadual.
Vereadores em busca de novos voos
O vereador Adiló Didomenico (PTB) foi lançado pré-candidato a deputado estadual na quinta-feira. Ele fará dobradinha com Ronaldo Santini, hoje deputado estadual e que tentará em 2018 uma vaga na Câmara dos Deputados.
Pelo PSDB, a vereadora Paula Ioris é pré-candidata a deputada federal e o advogado Samuel Avilla, a estadual.
No PSB, há um movimento para que o vereador Alberto Meneguzzi concorra a deputado – estadual ou federal. Meneguzzi garante que não pensou ainda sobre a possibilidade, mas admite que está à disposição se o partido decidir por sua candidatura.
– Há 10 anos, nós dizíamos que ia chegar um momento em que o PSB ia eleger um vereador. Agora, vai chegar um momento em que o PSB de Caxias vai eleger um deputado. E o nome mais benquisto é do Alberto – afirma Adriano Boff, presidente municipal do PSB.
O vereador Renato Nunes (PR) também é pré-candidato a deputado estadual. Segundo ele, que preside a sigla em Caxias, o PR terá ainda mais duas candidatas: uma a estadual e uma a federal. Os nomes serão anunciados em um evento sem data marcada.
Neri, o Carteiro (SD, o Solidariedade) também é pré-candidato, mas ainda não está definido se concorrerá à Assembleia ou à Câmara.