Paulo Roberto de Souza, 61 anos, disputa pela segunda vez um cargo político com a missão de representar minorias de Caxias do Sul. Se em 2012 concorreu como vereador, desta vez quer ser vice-prefeito. Natural de Caxias do Sul, Paulo foi a segunda opção do PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, para acompanhar o servidor público municipal aposentado Francisco Côrrea na chapa do partido nestas eleições. O nome mais cotado era do filho de Souza, Lucas, que abriu mão da disputa por motivos profissionais e foi substituído pelo pai. A política está, de fato, inserida na família: nas últimas eleições, quem concorreu como candidata a vice, ao lado de Luis Fernando Possamai, foi Anaí, esposa de Souza. Eles estão casados há 40 anos. Desta vez, ela concorre a vereadora. O casal troca ideias políticas e amadurece conceitos sobre como melhorar a cidade, dentro do que chama de linha APS, sigla para Ação Popular Socialista, corrente interna que defende não haver divisão de classes sociais nem estruturas de coerção política:
– Eu estou nessa para representar as minorias. As favelas precisam de muita coisa. Tem gente que senta em um banco e quer fazer projeto para as favelas, sem nunca ter entrado em uma – defende Souza.
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A rotina do candidato a vice é focada no trabalho com a construção civil. Ele lida como gesseiro em obras desde os 20 anos e também é bastante ligado ao segmento religioso umbandista, já que confecciona estátuas e imagens de símbolos da religião que pretende defender caso seja eleito.
– Eu gosto de uma polêmica, e acho que o pessoal tem preconceito com quem é de religião afro – entende.
Souza estudou até o começo do ensino médio no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Mora desde criança em uma casa simples no bairro Marechal Floriano, onde criou os três filhos: Lucas, Paula e Hanna. Gosta tanto de música que já atuou como baixista de bandas e ainda ensaia uns acordes de MPB em festas com amigos mais próximos. Por conhecer a realidade de bairros mais humildes, quer ser o representante daqueles que, afirma ele, dificilmente são escutados pelas lideranças.
– Hoje é preciso atenção na questão da drogadição, também é preciso valorizar o professor, que está desamparado. A gente não cansa da política por isto – defende.