De janeiro a junho, as despesas com pessoal no primeiro ano do governo Alceu Barbosa Velho (PDT), em Caxias do Sul, somente na administração direta, contabilizaram R$ 221.888.752,94, sendo que em horas extras foram consumidos R$ 16.027.888,96. Educação, saúde e obras respondem pelo maior número de horas extras.
Com base nestes dados e diante da estagnação econômica nacional, a ordem é conter gastos de, no mínimo, R$ 30 milhões até o fim do ano, conforme o prefeito. Porém, Alceu pretende que o valor seja maior.
- Tenho de equilibrar o orçamento. Se fosse para zerar tudo, para o orçamento se autossustentar, ter caixa livre para operar, não só com financiamento, precisaríamos reduzir R$ 75 milhões - calcula o prefeito.
Os números dos valores nas despesas foram divulgados pelo secretário municipal de Gestão e Finanças, Carlos Búrigo, apontando ainda gastos de R$ 315,4 mil em diárias. O orçamento total do Executivo para 2013 é de R$ 1,253 bilhão, sendo R$ 1,05 bilhão para a administração direta. Búrigo diz que é uma situação de prevenção e reforça que é preciso segurar as despesas ao nível da inflação.
- A arrecadação tem de ser superior à inflação para poder expandir os serviços - diz o secretário.
Em 2012, as despesas com pessoal somaram R$ 405 milhões. Os gastos de custeio contabilizaram cerca de R$ 500 milhões.
Até o final do ano, a determinação é não aumentar o número de servidores, apenas preencher com substituições, diminuir as horas extras e suspender as diárias, com realização somente de viagens necessárias e com aplicabilidade rápida. Novas despesas, como implementação de programas e seminários, estão cortadas, apenas dando ­sequência ao que já está em andamento.
Governo municipal
Prefeitura de Caxias do Sul gasta R$ 16 milhões em horas extras em seis meses
Valor soou como alerta para as medidas de contenção definidas pelo prefeito
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