Após três horas de negociação, a Brigada Militar (BM) conseguiu libertar duas mulheres, mãe e filha, feitas reféns em um apartamento em Farroupilha na manhã dessa terça-feira (21). As vítimas são de São Paulo e estariam em situação de cárcere privado em um residencial do bairro Primeiro de Maio. Não houve feridos no resgate.
O chamado para as forças de segurança aconteceu às 6h30min. A BM, o Samu e os Bombeiros ficaram de prontidão na Rua Itacir Raimundo Zatti. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado e veio de Porto Alegre para assumir as negociações.
— Desde a noite de ontem estávamos recebendo informações desta situação. As vítimas são de São Paulo e teriam sido trazidas para Farroupilha com o objetivo de fazer investimentos na bolsa de valores. Elas não conseguiam mais sair desta situação, por isso, os familiares fizeram contato com a polícia de lá e conosco — relata o major Giovani Gomes, subcomandante do 36º Batalhão de Polícia Militar (36º BPM), com sede em Farroupilha.
O cárcere privado acontecia em um apartamento. A BM cercou a região e aguardou pela chegada dos negociadores de Porto Alegre. Os autores eram um homem e duas mulheres.
— Fizemos o congelamento da área e acionamos o Bope. Foram eles que fizeram a entrada tática no apartamento, com a prisão de três pessoas e a libertação das duas vítimas sem ferimentos. Agora, é necessária uma investigação (pela Polícia Civil) bem mais aprofundada do caso. As vítimas nos relataram que foram buscadas em São Paulo e trazidas com ameaças — concluiu o major Gomes.
No apartamento também estariam duas crianças, filhas dos autores do cárcere privado. O impasse foi resolvido por volta das 9h30min, quando a BM conseguiu entrar no imóvel. Suspeitos e vítimas foram levados para a delegacia para esclarecimentos e registro da ocorrência.