Uma ação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas realizou buscas em Bento Gonçalves na manhã dessa quarta-feira (24). A Operação Canis tem como base uma investigação no Mato Grosso do Sul e rastreou o líder de uma organização criminosa que transporta de cocaína por meio de aeronaves. Uma prisão temporária e um mandado de busca foram cumpridos na Serra.
As investigações tiveram início com a abordagem e fuga do líder da organização criminosa, que não teve a identidade divulgada, no posto de imigração fronteiriço entre Corumbá (MS) e a Bolívia. Na ação, foi encontrada uma extensa contabilidade criminosa, dez celulares e documentos falsos.
Durante a fase sigilosa da operação, que teve início em fevereiro de 2019, foi apreendida uma carga de quase meia tonelada de cocaína em uma aeronave oriunda da Bolívia. Também foram identificados diversos participantes da empreitada criminosa.
Agora, a Operação Canis foi deflagrada com 38 policiais federais que cumprem quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Dourados, no Mato Grosso do Sul; em Atibaia, em São Paulo; em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul; e em Foz do Iguaçu, no Paraná. A Justiça também determinou o sequestro de um imóvel de luxo, diversos veículos e duas aeronaves.
Operação Urano
De forma conjunta, a Polícia Federal também realizada a Operação Urano, que tem alvos em comum com a Operação Canis. Ambas as ações acontecem em conjunto com a Receita Federal.
A Operação Urano foi iniciada para averiguar um grupo dedicado ao tráfico internacional de drogas a partir da cidade de Amambai (MS). A investigação apreendeu uma carga de 220 quilos de maconha em Naviraí (MS).
Em conjunto com o Núcleo de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Mato Grosso do Sul, a análise dos dados bancários e fiscais dos investigados possibilitou aferir a participação de diversas pessoas e empresas na movimentação e ocultação de valores do grupo criminoso.
Nesta quarta-feira (24), são cumpridos nove mandados e busca e apreensão e um mandado de prisão nas cidades de Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). O nome da operação remete ao nome do principal investigado, que coincide com o nome de uma das luas do planeta Urano.
As investigações tramitam junto à Justiça Federal em Corumbá (MS) e Campo Grande (MS).