Três anos após o crime, os réus David Guedes Monteiro, 24 anos, Gabriel Fim, 25, e Yasmin Ribeiro Fim, 27, serão julgados pelo assassinato de Daniela Patrícia Noronha dos Reis, 41, em Caxias do Sul. Segundo a investigação policial, o crime teria sido cometido por vingança relacionada a uma desavença antiga entre duas famílias supostamente envolvidas no tráfico de drogas. O Tribunal do Júri está previsto para as 9h desta quarta-feira (30).
Os três réus estão presos preventivamente desde 2018. David e Gabriel estão recolhidos no Presídio Regional de Caxias do Sul, enquanto Yasmin está na Penitenciária Estadual de Vacaria.
O assassinato aconteceu na madrugada de 1º de junho de 2018. Daniela deixava um centro de umbanda, acompanhada do filho, quando foi atacada. Segundo a denúncia do Ministério Público, os três denunciados estavam em um Focus azul e participaram da emboscada.
Ao avistar seu alvo, os homens desembarcaram e atiraram diversas vezes contra Daniela, que foi baleada e caiu. A denúncia relata que, com a vítima ferida, Yasmin teria se aproximado e atirado contra o rosto de Daniela com uma espingarda calibre .12.
O crime foi praticado na frente do filho de 12 anos da mulher, que conseguiu correr dos disparos. Os réus são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítima e pela tentativa de homicídio contra o adolescente.
Para o MP, o assassinato foi motivado por um desejo de vingança pela morte de Alcimar Fim, 30, que era irmão de Yasmin e tio de Gabriel, crime que aconteceu em 2015. Na época, o suspeito daquele homicídio era José Iram Pereira, que estava preso e era casado com Daniela. Denunciado como mandante daquela morte, José Iram foi absolvido em júri ocorrido em 2019.
O terceiro denunciado, David, é irmão de Moacir Júnior Miranda Guedes, que foi assassinado aos 16 anos em 2015. José Iram também virou réu por esse crime, mas o processo foi arquivado por falta de provas.
Em depoimento judicial, David negou as acusações e alegou que estava em casa com sua esposa na noite do crime. Yasmin negou o homicídio e afirmou que, na data, estava acompanhando a mãe em um tratamento hospitalar. Gabriel também negou participação no homicídio e mencionou que, possivelmente, estivesse em casa no momento do crime.