Em uma das maiores mobilizações policiais recentes de Flores da Cunha, 12 pessoas foram presas por suspeitas de organização criminosa e tráfico de drogas na manhã desta quarta-feira (30). A Operação Casarão reuniu 50 policiais civis e 12 policiais militares que fizeram buscas em sete bairros simultaneamente. Segundo a Polícia Civil, a investigação mira dois grupos criminosos que chamam atenção pela prática reiterada de venda de drogas.
Os presos são sete homens e cinco mulheres, sendo que quatro deles já respondem por tráfico de drogas em outros processos. A investigação iniciou a partir de uma denúncia sobre uma lavagem de carros — que inspirou o nome da operação — que seria um disfarce para a venda de drogas.
— Foram oito meses de investigação onde mapeamos duas organizações criminosas para o tráfico de drogas. Eles tinham quatro indivíduos que faziam a aquisição das drogas e repassavam para os pequenos vendedores, aqueles que ficam nas ruas. Cocaína, maconha, crack, eles negociavam de tudo. Pode-se dizer que era um tráfico simples, mas muito intenso — comenta o delegado Rodrigo Duarte.
A Operação Casarão contou com reforços de policiais Farroupilha e Caxias do Sul, inclusive os cães farejadores do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM). As buscas aconteceram nos bairros Aparecida, União, São José, São Gotardo, Centro, Nova Roma e Vindima.
No total, foram cumpridos 22 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva e cinco de prisões temporárias. A operação também apreendeu uma arma de fogo e pequenas quantidades de drogas.
— São duas associações diferentes. Todos se conhecem, mas apuramos que há uma distinção bem clara (na organização do crime). Toda materialidade deste crime já está nos inquéritos. Hoje era a prisão dos investigados, o que tivemos 100% de êxito. Qualquer apreensão hoje era só um a mais — afirma o delegado de Flores da Cunha.
A investigação agora irá analisar os celulares e documentos apreendidos. Também deverá ser oportunizado novo depoimento aos investigados. O inquérito policial deverá ser concluído em 30 dias. Segundo a investigação, as duas organizações adquiriam as drogas em Caxias do Sul.
— Eles não movimentavam grandes quantidades de drogas, só faziam o repasse conforme as vendas. Esse reabastecimento acontecia sempre próximo ao final de semana. Fizemos várias pequenas apreensão aos longo desses oito meses. Alguns destes investigados já estiveram presos e foram colocados em liberdade provisória. Não é volumosa, mas é reiterada a prática do tráfico por eles — explica o delegado Duarte, que destaca que esta operação é uma das maiores mobilizações policiais da história recente de Flores da Cunha.