Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) pelo assassinato de Arlindo Elias Pagnoncelli, o Zinho, 39 anos, em Nova Prata. A vítima foi espancada na área central da cidade em 8 de novembro. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu 10 dias depois na UTI do Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria. O MP denuncia os acusados pelos crimes de homicídio qualificado, lesões corporais, corrupção de menores e por fornecer e servir bebida alcoólica a criança ou a adolescente.
Segundo o inquérito, cinco foram denunciados por homicídio qualificado; um por homicídio qualificado, corrupção de menores e por fornecer e servir bebida alcoólica à criança ou adolescente; um por homicídio qualificado e por fornecer e servir bebida alcoólica à criança ou adolescente; e dois pelo crime de lesões corporais.
O MP também solicitou, como indenização por danos morais e materiais, fixação de valor mínimo para a família da vítima. Também foi ajuizada representação, no Juizado da Infância e da Juventude, pela prática de ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado (do artigo 121, caput e § 2º, incisos I, II, III e IV, do Código Penal) contra cinco adolescentes.
Investigação
A investigação da Polícia Civil responsabilizou 17 pessoas pelo espancamento, sendo 10 adultos e sete adolescentes. Os adultos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal seguida de morte, omissão durante o linchamento, corrupção de menores e falso testemunho.
Quatro dos investigados foram presos preventivamente e outro está foragido. Esses cinco são apontados como os que tiveram participação mais decisiva para a morte. Na semana passada, a Polícia Civil prendeu a mulher, que segundo a investigação, instigou fortemente as agressões à vítima. A jovem de 21 anos foi detida no bairro Cinquentenário, em Caxias do Sul. Entre os indiciados, está um policial militar de Caxias do Sul que estava de folga em Nova Prata no dia do crime. Por ser brigadiano, ele responderá à Justiça Militar. Ainda segundo a polícia, o quinto envolvido estaria foragido em Santa Catarina.
Também foram identificados sete adolescentes entre os agressores. A investigação relatou a conduta de cada um deles no crime.