Rafael Parisotto, dois anos e 11 meses, morto pelo pai, Bruno Parisotto, 39, dentro de casa no bairro Integração, em Garibaldi, foi asfixiado e, após, atingido por golpes de faca. A sequência do crime brutal foi revelada preliminarmente pela investigação. Bruno está preso.
Segundo a delegada Deise Ruschel, de Bento Gonçalves, que estava de plantão no momento do crime, o laudo ainda não está pronto, mas a perícia confirmou que Rafael morreu por asfixia ou esganadura. O menino também foi esfaqueado três vezes quando já estava sem vida.
— A conclusão eu só posso considerar quando o laudo estiver em minhas mãos, mas informações preliminares dão conta de que a causa da morte é asfixia mecânica pela sufocação e esganadura. As facadas teriam sido desferidas contra a criança já em óbito — ressalta a delegada.
Deise conta que o menino já estava morto quando a polícia chegou na casa:
— Quando chegamos, ele estava em óbito e apresentava uma perfuração no peito. Também estava com saco plástico na cabeça. Foram realizadas todas as diligências pelo perito no local e localizamos a faca possivelmente empregada pelo autor do fato.
Ela ressalta ainda que o pai do menino optou por permanecer em silêncio na delegacia. O homem foi levado para o presídio de Bento Gonçalves.
— Ouvimos diversas testemunhas e, pela dinâmica do como os fatos aconteceram e pelos elementos de prova que foram colhidos no local, compreendi que havia indícios suficientes para autuar o pai da criança em flagrante por homicídio qualificado, pela crueldade e pela impossibilidade de a vítima oferecer qualquer resistência. O crime também é majorado pelo fato dele ser menor de 14 anos.
Testemunhas relataram à delegada que Bruno era um pai amoroso.
— As pessoas que nós ouvimos relataram que ele era um cidadão muito ajustado, um pai amoroso, mas nesta madrugada ele se apresentava com comportamento bastante alterado, tanto que foi necessário chamarem atendimento médico.
O corpo do menino foi encontrado depois que o homem foi levado para um hospital. Até então, ninguém sabia que a criança havia sido assassinada. Só depois é que o corpo do menino foi achado dentro da casa da família. Bruno e Rafael residiam na casa na companhia do pai de Bruno. O avô da criança, no entanto, estava viajando e só chegou a Garibaldi nesta quinta-feira.
Bruno foi liberado do atendimento médico e preso em flagrante. O acusado estava acompanhado de uma advogada e optou por permanecer em silêncio. A delegacia de Garibaldi será responsável pela investigação do crime.