O patrulhamento de rotina da Brigada Militar (BM) levou a prisão de um procurado por homicídio em Caxias do Sul na madrugada desta quarta-feira (28). Gilmar Moraes Paim, 44 anos, foi denunciado pelo assassinato de Paulo Cesar Fernandes Dutra, 43, em agosto de 2018, e teve a prisão preventiva decretada no último dia 19. Ele foi abordado na Avenida Barão de Santo Ângelo, no bairro Jardelino Ramos, por volta da 1h30min.
A morte de Dutra foi descoberta no dia 6 de agosto do ano passado, quando o corpo da vítima apareceu na Barragem da Maestra. Por não haver sinais de violência, o caso foi registrado como um afogamento, mas, quase dois meses depois, a Polícia Civil concluiu que Dutra foi assassinado durante um assalto. O Ministério Público (MP), contudo, denunciou Paim e Suélen Cristina Leite da Silva, 34, por homicídio qualificado e o processo tramita na 1ª Vara Criminal.
Quatro dias após o encontro do corpo de Dutra, o automóvel da vítima, um Meriva prata, foi encontrado abandonado na Rua Ernesto Alves. Na sequência, a Polícia Civil identificou dois suspeitos que foram interrogados no dia 13 de agosto.
— A abordagem ocorreu no Primeiro de Maio, onde a vítima tinha ido para consumir droga. Além do carro, foram levados R$ 50 e os calçados da vítima, o que deixa claro o latrocínio. O homem e a mulher (indiciados) admitiram (em depoimento) alguns fatos daquele dia, mas um acusa o outro sobre a morte. Ainda aguardamos a perícia para determinar a causa da morte — declarou o delegado Adriano Linhares na época do indiciamento.
A conclusão da investigação foi remetida ao Poder Judiciário no dia 24 de agosto. Em outubro, após a denúncia do MP, a juíza Ana Paula Della Latta não verificou nenhum fundamento para uma prisão preventiva "eis que a ordem pública, que se busca assegurar com a medida, encontra-se restabelecida pelo tempo decorrido, assim como pelo fato de que os acusados encontram-se presos".
A prisão de Paim foi decretada no último dia 19 de agosto, mandado que levou a prisão desta quarta-feira. O processo aguarda designação de audiência desde o dia 24 de julho, trâmite que está prejudicado pela falta de um juiz titular na 1ª Vara Criminal. A defesa de Paim e Suélen é feita pela Defensoria Pública.