A ampliação e modernização do Ciosp de Caxias do Sul foi elencada como uma das três ações prioritárias no combate ao crime pela Comissão de Segurança Pública da Câmara de Vereadores. No documento, a referência é ao uso de uma tecnologia inteligente e programas analíticos de imagens que possam agilizar resultados. A intenção da lista de prioridades é apresentar projetos ao governo estadual e à classe empresarial, possibilitando investimentos.
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Investimentos no combate à criminalidade em Caxias do Sul podem ser financiados com destinação de imposto
Para a Polícia Civil e Brigada Militar, câmeras inteligentes são o passo necessário para que o videomonitoramento se torne um fator determinante no combate à criminalidade.
— Não há como manipular todas as câmeras com dois ou três policiais, mas a tecnologia permite avanços. No caso de veículos roubados e furtados, a solução seria esse sistema inteligente capaz de ler as placas e emitir um alerta — aponta o tenente Silvano.
— É possível saber se um carro passou (na imagem da câmera) e a hora que passou, sem ter acompanhado. São câmeras que dariam um incremento no trabalho mesmo sem o efetivo, afinal temos dificuldade de efetivo. As câmeras têm que fazer algumas tarefas sozinhas e permitir uma aproximação da imagem que possibilite as identificações necessárias — acrescenta o delegado Carnaúba.
Na Serra, o município na vanguarda do uso da tecnologia é Bento Gonçalves. Com recursos capitaneados pelo Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), foi construído o Centro Integrado de Operações (Ciop) e contratada uma empresa de Garibaldi para desenvolvimento de softwares que agilizem o trabalho policial. O investimento iniciou ainda 2017 e conta com 29 câmeras com programas analítico e sinóptico e outras três que fazem a leitura de placas de veículos. A Capital do Vinho foi o primeiro município da Serra a fazer parte do consórcio para implantar o cercamento eletrônico.
Prefeitura prefere não se manifestar
As primeiras câmeras em Caxias do Sul foram instaladas no final de 2003, fruto de esforços de empresários e comerciantes em parceria com o Executivo. O sistema inicial tinha 16 equipamentos. O investimento de R$ 500 mil tinha a intenção, conforme o presidente da Comissão Pró-Segurança na época, Alcides Perini, de possibilitar a identificação de autores de assaltos e arrombamentos. O último implemento aconteceu em 2012, quando foram instaladas mais 13 câmeras _ totalizando 51 pontos vigiados.
Questionada sobre se há intenção de aumentar o número de câmeras em Caxias, a Secretaria Municipal de Segurança Pública optou por não se manifestar neste momento. Nos bastidores, há informações de que a prefeitura conversa com a BM em busca de um projeto para melhoria do uso das câmeras. Da mesma forma, a prefeitura não quis avaliar o videomonitoramento e nem responder sobre a falta de câmeras na Estação Férrea.