A Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária cumpre na manhã desta terça-feira (18) sete mandados de busca e apreensão em três municípios da Serra para embasar uma investigação sobre suposta fraude em orçamentos para a compra de medicamentos em casos judicializados. São aqueles em que pacientes vão à Justiça para exigir que o Estado pague remédios. Os investigadores tentam comprovar se três farmácias nos municípios de Ipê, Nova Roma do Sul e Antônio Prado faziam orçamentos idênticos em ações judiciais para cobrar valores acima dos preços de mercado.
Conforme o delegado Max Otto Ritter, um dos responsáveis pela operação, os orçamentos apresentados eram exatamente iguais, inclusive em erros de digitação. Outro aspecto é que não haviam marcas d´água ou características específicas das farmácias na documentação judicializada.
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Os mandados são cumpridos nas casas de dois empresários, nas três farmácias privadas e na casa de um advogado que ajuizava as ações. Outro é na Farmácia Municipal de Antônio Prado, mas a Polícia Civil não dá detalhes sobre qual seria o envolvimento do estabelecimento no caso por causa do sigilo da investigação. O secretário da Saúde de Antônio Prado, Andrei Casali, disse que, pelas informações iniciais, o assunto não compete ao município e que está facilitando o trabalho dos policiais.
Os nomes das farmácias privadas, do advogado e dos empresários não foram divulgados. A investigação iniciou há um ano e meio. As supostas fraudes foram denunciadas pela Procuradoria-Geral do Estado.
Conforme a Polícia Civil, os crimes investigados são estelionato contra a administração pública, falsidade de documento particular, uso de documento falso e associação criminosa, entre outros. O Conselho Regional de Farmácia também faz nesta manhã a fiscalização dos estabelecimentos.