O inquérito que investigou as possíveis causas do incêndio que destruiu antigo casarão entre os bairros Rio Branco e São Pelegrino, em Caxias do Sul, foi remetido ao fórum sem indiciamento de suspeito. O incidente ocorrido no dia 27 de maio deste ano resultou na morte de Antônio Sérgio Borges da Silva, o seu "Cabreira", de 76 anos.
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Em relatório entregue à 1ª Delegacia de Polícia Civil, o Instituto Geral de Perícias (IGP) declarou não ser possível determinar se o incêndio teria se originado de ato criminoso. Há cerca de 15 dias, a polícia encaminhou o inquérito sem indicação de culpabilidade ou causa ao Fórum de Caxias. Caso não haja pedido de novas diligências por parte do Ministério Público, o processo deve ser arquivado.
— Não houve nenhuma acusação formal. Por isso, com a falta de conclusão da perícia acerca da causa, tornou-se desnecessário promover oitivas, já que não havia suspeitos — comenta o titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Vítor Carnaúba.
Segundo o delegado, laudos que apuram circunstâncias causadoras de incêndio geralmente tornam-se inconclusivos quando não são encontrados materiais voláteis que possam ser analisados. No caso do casarão, o fogo consumiu toda a estrutura, o que dificultou as investigações.
Antônio Sérgio Borges da Silva morreu por asfixia pela inalação de monóxido de carbono (gás presente na fumaça comum) conforme laudo do Posto Médico-Legal (PML) do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Caxias. Cabreira era bastante conhecido na região. Todos os dias, ele era visto tomando chimarrão no trevo em frente ao casarão, na esquina da Av. Rio Branco com a Rua Olavo Bilac, ao lado de seu fiel companheiro, o cão Max - que não foi encontrado após o incêndio.
O casarão existia há cerca de 90 anos e tinha quatro andares. No térreo, uma estofaria funcionava há mais de duas décadas. Nos pisos superiores, havia quartos de aluguel, sendo um deles ocupado por Cabreira há cerca de dois anos.
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