O Ministério Público do Trabalho (MPT) é mais um parceiro comprometido em proporcionar trabalho e estudo aos detentos da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, localizada no Apanhador. Em encontro com a Comissão Temporária Especial para o Enfrentamento da Violência da Câmara de Vereadores, a procuradora Mônica Delgado Pasetto ressaltou que a causa está alinhada com os projetos que costumam ser financiados pelo órgão. Uma nova reunião, com a participação de representantes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e outras entidades envolvidas, será marcada nos próximos dias para operacionalizar a parceria.
A reunião com a vereadora Paula Ioris (PSDB), presidente da Comissão, ocorreu na manhã desta segunda-feira. A procuradora teria reconhecido a importância da proposta, tendo em vista que a maioria dos presos retornarão à sociedade em um futuro próximo. Os recursos cedidos para a reforma seriam provenientes de multas aplicadas a empresas condenadas em ações.
— A ociosidade, a pouca instrução e a falta de oportunidades são decisivas para a reincidência ao crime. O sistema prisional é uma chaga que temos que encarar enquanto sociedade. Não dá mais para fugir desse tema. Precisamos reverter essa lógica de universidade do crime — destacou a vereadora.
Desde a inauguração da penitenciária, há nove anos, as salas e pavilhões de trabalho estão desocupadas diante da fragilidade na segurança da engenharia prisional. O projeto de adequação está orçado em R$ 342 mil.
Após a obra, a intenção é viabilizar a confecção de fraldas geriátricas na unidade, conforme projeto social desenvolvido pelo Poder Judiciário em parceria com a Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados (Lefan). O tempo ocioso dos apenados seria utilizado em benefício de famílias carentes de Caxias do Sul.