O projeto Pop Rua RS, que destina R$ 1,7 milhão em recursos para o serviço de acolhimento de pessoas em situação de rua em cinco cidades gaúchas, foi oficialmente lançado na tarde desta segunda-feira (21), por meio de uma live no canal do YouTube do governo do Estado que contou com a presença do governador Eduardo Leite.
Em Caxias do Sul, o serviço viabilizado pelo projeto estadual está sendo prestado desde quinta-feira (17), no Residencial Santa Dulce, com sede no bairro Cidade Nova administrado pela Associação Mão Amiga. O local já atende a 30 pessoas, conforme Reni Gentilia Lagni Portolan, que representou na live o presidente da entidade, frei Jaime Bettega.
— Estamos recebendo dez (pessoas) a cada dia por questão de segurança, estamos tomando todos os cuidados necessários. Este é um projeto bem completo, que serve de modelo para todo Estado. Estamos aqui para agradecer e dizer que estamos trabalhando para que ele tenha continuidade — afirmou Reni durante a transmissão.
O residencial tem capacidade para receber até 60 pessoas — 50 homens e 10 mulheres — e deve funcionar ao longo de três meses, com possibilidade de prorrogação.
De acordo com a Secretária do Trabalho e Assistência Social, Regina Becker, os recursos destinados ao projeto são provenientes do Fundo Estadual de Apoio à Inclusão Produtiva (Feaip).
— O Pop Rua RS começou a ser pensado ainda no mês de março, com a chegada da pandemia. Identificamos 25 cidades com número significativo de pessoas em situação de rua e encaminhamos o termo de referência a 71 entidades. Destas, quatro se apresentaram para desenvolver o projeto. Nosso trabalho agora é fazer com que isso ganhe continuidade no ano que vem — declarou a secretária em sua participação remota na live desta segunda-feira.
Além de Caxias do Sul, são contemplados pelo Pop Rua RS projetos desenvolvidos em Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande e Santa Cruz do Sul.
O governador encerrou o lançamento destacando a complexidade do serviço disponibilizado por meio das entidades, que oferece atendimentos básicos, como higiene, alimentação e hospedagem, e também outras atividades, além do acompanhamento assistencial de reinserção.
— É mais que um atendimento material, mas um suporte e acolhimento do ponto de vista espiritual, ajudando na retomada da confiança destas pessoas que, colocadas à margem, deixam de acreditar em si mesmas. É preciso reconhecer as diversas condições do ser humano para que possamos dar todo suporte necessário — concluiu Leite.