O representante do Republicanos na disputa eleitoral à prefeitura de Caxias, Júlio César Freitas da Rosa, tem reeditado os posicionamentos do prefeito cassado Daniel Guerra. O que não é uma novidade e é um direito e opção da chapa. Foi Guerra quem escolheu os candidatos (Júlio a prefeito e o vereador Chico Guerra para vice).
Porém, ainda que o Republicanos tenha optado por começar a campanha no dia 3, nas redes sociais de Freitas proliferam postagens que deixam nítido o tom do embate. "Retomar o projeto eleito em 2016 e que foi roubado dos caxienses por um golpe à democracia", anuncia ele.
Não se sabe qual será o efeito de tais posicionamentos, principalmente porque a campanha deste ano vem com expectativas sobre os caminhos a serem adotados. As redes sociais terão papel fundamental, sem dúvida, mas a aproximação com o eleitor, olho no olho, sempre é importante. A pandemia, inevitavelmente, coloca limitações nesta relação.
Fato é que o representante do eleito pelo voto popular no último pleito mostra os argumentos que pretende usar. Um que pesou no resultado em 2016 foi o discurso de a aliança não ser com partidos e, sim, com o cidadão.
"A partir de agora, se renova a nossa comunicação com o atento eleitor caxiense. A partir deste momento, reeditamos a maior coligação da história da cidade. Nossa coligação é com as pessoas de bem, que se importam com o futuro de Caxias do Sul. Nossa coligação é com os cidadãos e não com partidos da velha política", escreveu Freitas em suas redes sociais no domingo (27).
SITUAÇÕES NO GOVERNO
Esse discurso, porém, deve ser questionado. Isso porque é preciso considerar situações registradas no Governo Guerra, como cargo para esposa de vereador (aliás, também pré-candidato a prefeito Renato Nunes), nomeação do irmão vereador Chico para chefe de Gabinete e conselheiro da Codeca (ambas remuneradas), o próprio Freitas, que presidia o Republicanos e também tinha dois cargos (Saúde e conselheiro da Codeca) e as contratações de cargos em comissão (CCs) com relações familiares.
Por isso, está no ar: como os demais candidatos, principalmente os que têm coligações, vão reagir?