O aluguel de patinetes e bicicletas elétricas, que já se tornou comum em diversas cidades do Brasil e do mundo deve chegar a Caxias do Sul na segunda quinzena de novembro. Essa é a expectativa da 2Mobility, uma divisão da 2MN Exportação e Importação, empresa com sede em Itajaí (SC), mas com filial em Caxias do Sul.
Ao contrário dos serviços oferecidos nas capitais, em que os equipamentos estão disponíveis nas ruas e são pagos de acordo com o uso, o serviço que será oferecido em Caxias prevê o aluguel mensal, com retirada no escritório da empresa na área central. A explicação, conforme Maurício Virgili Quintino, proprietário da 2MN, é que a cidade ainda não oferece a infraestrutura necessária, com ciclovias, para o modelo de negócio adotado em outras cidades. Para o futuro, no entanto, a empresa prevê que o patinete ou a bicicleta poderão ser retirados na própria via pública.
De acordo com Quintino, os patinetes terão autonomia de 20 a 30 quilômetros com velocidade máxima de 30 km/h. Já as bicicletas, que contam com pedais e seis marchas, chegam a 25 km/h somente com o motor elétrico, que tem autonomia também de 20 a 30 quilômetros.
— O patinete é dobrável. Você não precisa vir de carro até o centro. Você pode parar o carro onde quiser e depois pegar o patinete. Ele pode subir e descer morro com facilidade — exemplifica Quintino.
Inicialmente, o aluguel vai exigir um cadastro no site da 2Mobility, que ainda será lançado. Para o futuro, porém, a intenção é que a transação seja realizada por meio de um aplicativo. Além do aluguel, a empresa também tem planos de abrir de duas a três lojas em Caxias para a venda dos equipamentos. Nesse caso, o portfólio vai contar ainda com a scooter elétrica, com autonomia de 30 quilômetros. A localização das lojas não foi divulgada, mas a expectativa é de que elas iniciem as atividades na primeira quinzena de novembro. Os produtos serão importados da china e os valores, tanto para aluguel, quanto para a venda não foram divulgados.
Secretaria não vê restrições
Embora os patinetes elétricos sejam alvo de discussão ou regulamentação em diversas cidades do país e do mundo, o secretário de Trânsito, Cristiano de Abreu Soares, não vê empecilho para a utilização do modal na cidade. Conforme ele, o assunto ainda precisa ser discutido internamente na administração municipal, mas o entendimento inicial é de que criar restrições não traz benefícios.
— O que entendo é que uma vez que obedeça o regramento de andar na rua ou no limite de velocidade na calçada, não há problema. Leis muitas vezes se tornam inócuas porque não há como multar um patinete. Vai ser uma evolução natural e vemos com bons olhos — observa.
Com relação às ciclovias, o secretário disse que o município já tem mapeados pontos de interesse que podem interligados, como o Parque dos Macaquinhos e o Parque Cinquentenário. Porém, ainda não há prazo para a implantação das faixas porque o traçado ainda está em discussão. O município também pretende criar uma rede cicloviária mais ampla, mas depende da elaboração de um plano cicloviário, com estudos que levem em conta o deslocamento da população. O levantamento deve integrar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, que começará a ser elaborado em 2020.