O Pronto-Atendimento 24 Horash (Postão) foi alvo de nova vistoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) no final da manhã desta quinta-feira. O relatório com as observações, no entanto, só deve ser divulgado nos próximos dias e apontará uma comparação com as visitas anteriores, em outubro do ano passado e em janeiro deste ano.
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Durante a verificação, foram avaliados, por exemplo, as condições de organização e de limpeza das salas, o funcionamento dos equipamentos, o atendimento aos pacientes, além da equipe de profissionais que atuam no estabelecimento de saúde.
Na visita de janeiro, a entidade chegou a recomendar a interdição do Postão por considerar que o local não oferecia as condições mínimas necessárias para atender os pacientes. Apesar de o documento que detalha a visita de quinta-feira não ter sido concluído pelos fiscais, o presidente do Cremers, Fernando Matos, adianta que houve observações positivas em relação ao último contato:
— A higiene do posto me pareceu melhor do que das outras vezes e as salas de atendimento também estavam um pouco mais organizadas. Porém, superficialmente, tive a impressão que o número de profissionais da equipe de saúde continua aquém do necessário. Mas temos que correlacionar a quantidade destes profissionais com o número de atendimentos para verificar se isso é verídico — aponta Matos.
Conforme o presidente do Conselho, outro ponto que esteve em pauta durante a visita foi a relação entre os médicos e a administração do prefeito Daniel Guerra.
— Nós achamos que está muito conturbado. Pedimos que se tenha um diálogo entre os médicos e a prefeitura para que se tenha um atendimento mais adequado à população e que não se perca a tranquilidade no trabalho, que é essencial — ressalta.
A inspeção foi acompanhada pela promotora de Justiça Adriana Chesani. Ela conversou com pacientes que esperavam na sala de espera e foi recebida pela secretária de Saúde, Deysi Piovesan, junto com os integrantes do Cremers.
— Depois que o documento for concluído, é dado um prazo para a prefeitura se manifestar e dar as suas explicações — diz a promotora.