Moradores de um condomínio no bairro Marechal Floriano, em Caxias do Sul, suspeitam que os animais de estimação dos residentes tenham sido envenenados propositalmente.
De acordo com o zelador do prédio, Claudino Lopes de Moura, 46, o cachorro dele teve que ser socorrido para uma clinica veterinária após ingerir pedaços de carne moída com veneno que estavam no jardim do residencial. Além disso, um gato morreu e outros dois estão desaparecidos. Ele registrou uma ocorrência policial na manhã desta quinta-feira (15).
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Lopes, que mora no local, conta que encontrou a carne envenenada por volta das 10h40min da manhã desta quarta (14), quando o cachorro dele, um shih tzu de quatro anos chamado Fred, começou a passar mal.
— Eu sabia que algo estava errado quando ele foi direto para essa parte do jardim, ele nunca vem para cá. Depois, quando a minha esposa me ligou, ele estava vomitando e eu achei (o veneno).
O zelador recolheu todos os pedaços de carne e resquícios de veneno que encontrou. O material está em análise, mas os moradores acreditam que se trate da substância conhecida como "chumbinho", geralmente usada para combater ratos. A comercialização do veneno é proibida.
Ainda na tarde de quarta, outros residentes notaram a falta dos gatos, que viviam na área comum do condomínio após terem sido "adotados" por uma moradora, que arcou com a castração a implantação de chips nos animais. Um dos gatos apareceu morto no pátio do prédio e os outros ainda não foram localizados.
— Eu tenho filhos, está cheio de crianças que costumam correr por aqui. Imagina se um deles pega o veneno? — questiona Lopes, que é pai de dois gêmeos de um ano e nove meses.
A síndica do condomínio, Elizete Martins Molon, 64, afirma que o local tem câmeras de vigilância. As imagens estão sendo recuperadas para ajudar na investigação.
— Quero que a polícia investigue. É gravíssimo, ninguém tem o direito de fazer isso — lamenta.
Lopes relata que já teve um cão envenenado há cerca de quatro anos não vai deixar que a situação se repita.
— Na época eu não levei para frente, não queria me incomodar. Agora, não vamos deixar assim — desabafa.