Pouca gente sabe, mas uma das principais armas na luta contra o câncer de pele pode ser retirada gratuitamente na rede pública de saúde de Caxias do Sul. A distribuição de protetor solar faz parte do projeto Saúde na Pele, coordenado pelo governo do Estado desde 2014. No entanto, há regras para ser um dos beneficiários. De acordo com a gerente das farmácias do município, Aline Machado Maroneze, para solicitar o produto é preciso apresentar laudo médico contendo a Classificação Internacional de Doenças (CID) relacionado à exposição solar, além de receita emitida por algum serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o cadastro no programa, que deve ser feito na Farmácia Especializada, também é necessário mostrar o cartão SUS, o CPF, a carteira de identidade e o comprovante de endereço. A documentação é encaminhada à Secretaria Estadual da Saúde, que avalia o pedido em um prazo mínimo de 30 dias. São entregues, segundo norma do Saúde da Pele, três frascos de protetores solares (com 120ml) por pessoa anualmente. É possível retirar uma unidade a cada quatro meses na Farmácia Especializada de Caxias, que fica na Sinimbu, próximo da Praça da Bandeira.
— O Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior índice de câncer de pele do Brasil, então todo cuidado é necessário. A distribuição dos protetores solares é uma medida importante de saúde — explica Aline.
Até abril de 2014, o principal público atendido pelo programa eram trabalhadores rurais; agora, beneficia qualquer pessoa que tenha indicação médica por risco de desenvolver câncer de pele em função da exposição solar. Atualmente, 731 pessoas estão cadastradas e recebem o protetor solar em Caxias.
No final do ano passado, agricultores familiares do Estado, de pelo menos 30 municípios, relataram que estavam com dificuldade de encontrar o produto nas prefeituras. Na época, um levantamento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) apontou que os protetores solares estavam realmente em falta. Segundo Aline, houve um atraso na entrega dos frascos nos últimos meses de 2017, mas a situação está regularizada agora.