A Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul prendeu, na manhã desta quinta-feira, os dois investigados do homicídio e esquartejamento de Luciano Vargas Silva*, 45 anos. Pedaços do cadáver da vítima foram encontrados em um contêiner de lixo da Rua Sinimbu, no bairro São Pelegrino, em 1º de agosto. João Carlos da Rosa Gomes, 63, e Alminda da Rosa Gomes, 54, foram capturados em Palhoça (SC).
O autor do crime seria o homem, que é açougueiro. A motivação do assassinato foi a possível guarda de um menino de sete anos, que é neto do investigado. As duas prisões são temporárias. Os investigados serão apresentados na Delegacia de Plantão da cidade onde foram cumpridos os mandados e, na sequência, serão trazidos para Caxias do Sul, onde prestarão depoimento. O delegado Rodrigo Kegler Duarte afirma em breve deverão ser representadas as prisões preventivas dos investigados.
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Para a Homicídios, o crime foi esclarecido em 48 horas. O sigilo, no entanto, foi necessário para preservar as investigações. O assassinato e o esquartejamento ocorreram na noite de 1º de agosto em uma casa alugada no bairro Desvio Rizzo. Os agentes estiveram na residência e encontraram vestígios de sangue, além das roupas utilizadas pelo autor do crime.
– O material foi enviado para o IGP (Instituto Geral de Perícias) e aguardamos o resultado do DNA. Acredito que não deva demorar, pois me garantiram que o caso tem prioridade. Há diversos indícios da autoria. Não tenho dúvidas – afirma o delegado Duarte.
Sobre câmeras próximas ao contêiner de lixo onde partes do cadáver foram encontradas, o delegado reafirma que as imagens são muito distantes para um reconhecimento. No entanto, o tipo físico de Gomes é compatível com a pessoa vista na gravação.
A investigação também descobriu que o Uno branco utilizado para transporte do corpo esquartejado. Este veículo foi vendido pelos investigados após o crime. Sobre a participação de Alminda no assassinato, o delegado Duarte espera esclarecer após os depoimentos.
O menino de 7 anos, que seria filho da vítima e neto do autor, estaria com a mãe em outra cidade de Santa Catarina. Não há informações que apontem para a participação da mulher no homicídio.
Polícia não tem dúvidas sobre identidade da vítima, mas confirmação depende do DNA
A Polícia Civil não tem dúvidas que o homem esquartejado é Luciano Vargas Silva, 45 anos, conhecido como Pig. O nome do santa-mariense foi o único cogitado durante toda a investigação. Silva era jogador de truco e tinha uma tatuagem de ás de espadas do baralho espanhol em um antebraço, o que possibilitou um reconhecimento por um amigo.
No entanto, a identificação ainda não é considerada oficial. Como somente 25% de cadáver estava no contêiner da Rua Sinimbu e não foram encontradas a cabeça ou as mãos da vítima, o registro depende de um exame de DNA. Ninguém da família de Silva declarou que ele estava desaparecido ou ajudou na identificação das partes do corpo. A quantidade de indícios levantados pela Delegacia de Homicídios sobre a autoria e a identidade vítima foram considerados suficientes pela Justiça para justificar a prisão temporária dos dois investigados.