A Brigada Militar espera que uma questão trabalhista não vire caso de polícia, mas garante que estará mobilizada e atenta às manifestações dos trabalhadores do transporte coletivo de Caxias do Sul, que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira. Uma liminar da Justiça do Trabalho exige 70% dos ônibus circulando nos horários de pico em Caxias do Sul (das 5h30min às 8h30min e das 17h às 20h). Nos demais horário, a determinação Tribunal Regional do Trabalho é de 40% da frota esteja à disposição dos passageiros.
Na sexta-feira, o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º), major Jorge Emerson Ribas, participou de uma reunião na prefeitura e, por telefone, falou com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários.
– Estaremos atentos à movimentação e preocupados que não ocorra nenhum excesso por nenhum lado envolvido. Queremos ficar o máximo possível fora do centro dos acontecimentos. Torcemos que tudo ocorra dentro da normalidade. Nossa intenção é assegurar o direito de todos – afirma.
Leia mais:
Prefeito Daniel Guerra diz que, ao comunicar renúncia, vice alegou que não gosta da vida pública
Vice-prefeito de Caxias diz que não teria problema em reconsiderar a renúncia
Daniel Guerra diz que município está pronto para convocar mais 70 médicos
O planejamento inicial é estar próximo as Estações Principais de Integração (EPIs), próximo ao Monumento do Imigrante e no bairro Floresta, para evitar distúrbios. Uma tropa reserva ficará de prontidão no quartel. O major Ribas diz que a BM não recebeu nenhuma solicitação da Visate ou demanda judicial. Além de manter sua atuação nas EPIs, a Guarda Municipal irá atuar na garagem da Visate. O auxílio para evitar transtornos já havia sido colocado à disposição da Visate pela prefeitura na semana passada.
– Uma representação ficará junto ao acesso da empresa para verificar se haverá bloqueio da saída dos ônibus e intermediar a liberação dos veículos. Se não houver sucesso, iremos acionar a BM para garantir o serviço a população – aponta.
Os trabalhadores da concessionária lutam pelo reajuste salarial previsto no dissídio anual, mas a Visate recusa-se a repassar o aumento alegando que enfrenta problemas financeiros devido ao congelamento do preço da passagem a R$ 3,40. A empresa exige uma tarifa de R$ 4,25, mas o prefeito Daniel Guerra já sinalizou que o assunto está encerrado, pois o Conselho Municipal de Trânsito e Transportes não viu razões para aumentar a passagem. Sindicato, Visate e prefeitura não chegaram um acordo numa audiência de conciliação promovida pela Justiça na quinta-feira passada.