A Polícia Civil vai investigar as circunstâncias de um atropelamento com morte na ERS-122, nas proximidades do bairro Forqueta, em Caxias do Sul. O veículo que atingiu e matou Adroaldo Zanini Batista, 44 anos, por volta das 11h30min de quinta, teria sido furtado e não estaria sendo conduzido pelo proprietário.
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Pouco mais de três horas após o acidente, o dono do Peugeot 206 prata foi até a Polícia Civil, com o carro danificado, comunicou o furto do veículo durante a madrugada e a devolução no início da tarde. Conforme o registro de ocorrência do acidente, o carro trafegava no sentido Caxias- Farroupilha quando atingiu Batista. A vítima foi arremessada contra um barranco. O motorista fugiu sem prestar socorro. Natural de Santo Ângelo, nas Missões, Batista era morador de Forqueta e trabalhava há mais de 10 anos fazendo pequenos serviços pela redondeza.
O dono do veículo chegou à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) às 14h42min. Em seu depoimento, relatou que dormia em casa, bairro Mariani, quando escutou o barulho de pneus no pátio. Ao verificar, constatou o furto do carro. Por ser tarde e não ter como ir até a delegacia, decidiu voltar a dormir. Ao acordar, por volta das 14h, encontrou o veículo estacionado de volta, com o parabrisa quebrado e a lateral danificada. Por isso, decidiu ir até a DPPA registrar o furto.
O proprietário afirma que não tinha conhecimento do atropelamento que resultou na morte de Batista e afirmou que dormia sozinho na residência quando o Peugeot foi furtado. O automóvel está registrado no nome da sua irmã, que mora em Farroupilha. Ele também informou que tinha o hábito de deixar a chave na ignição do veículo estacionado.De acordo com o delegado Carlos Alberto Cardoso Fernandes, que atendeu a ocorrência, o homem não apresentava sinais de embriaguez ou ferimentos.
– Cabe à Polícia Civil investigar todas as hipóteses. O que inclui verificar a veracidade do furto comunicado, a possibilidade deste proprietário, que se apresentou espontaneamente, ser o motorista ou estar protegendo alguém – afirma.
Por não existir nada contra o dono do carro, o homem foi liberado após prestar depoimento. O Peugeot ficou retido para realização de perícias. O inquérito policial sobre o acidente é responsabilidade da Delegacia de Trânsito.