Natural de São Marcos, na Serra Gaúcha, a estudante de Medicina Veterinária Juciane Bonella vê com cautela a decisão por um júri popular, já que a tragédia na Kiss envolve muitas emoções.
– Acredito que eles deveriam ser julgados por um profissional capacitado e não por um júri de leigos com talvez algum envolvimento emocional. É muito difícil falar desse assunto de Justiça, de julgamento. Mas se para os pais dos meus amigos e amigas isso trará um sentimento de paz e de Justiça, acho que já está mais do que na hora de se resolver – avalia a jovem de 25 anos, em férias em Santa Catarina.
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Juciane segue em tratamento: depois de deixar o hospital após 68 dias de internação, ainda passou por cinco cirurgias e segue tomando remédios e fazendo fisioterapia pulmonar e para os movimentos, já que sofreu queimaduras nos braços. Para ela, respostas da Justiça também são esperadas para saber a quem recorrer: segundo ela, por exemplo, o governo não cumpriu a promessa de bancar o tratamento dos feridos por cinco anos.
– Precisamos de uma resolução, até para termos paz e conseguirmos seguir nossas vidas – espera.
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Juciane cursa o oitavo semestre do curso na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Para o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio Silva, a decisão desta quarta-feira proporciona uma sensação de alívio:
– Confortar não vai, mas vai aliviar. A gente entende que tem muito mais gente envolvida e não vamos perder esse foco. Esses quatro terão de pagar pelo ato deles, mas os outros vão ter que entrar. Não sei quando, mas vamos procurar até o fim. Mas dá uma aliviada – analisa.
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