Um fenômeno global motivado pelas redes sociais, a publicação de vídeos se tornou presença constante na internet. Dados do Ibope revelam que, em 2020, cerca de 80% dos brasileiros assistiram vídeos online gratuitos. Se o consumo é alto, com a produção não é diferente. Estatísticas do YouTube apontam que 400 horas de vídeo foram enviadas por minuto à plataforma. Mas com tanta opção e concorrência, como produzir vídeos que se destaquem na internet?
Com o crescimento da internet cada vez mais acelerado no mundo, atualmente é difícil quem não passe horas, todos os dias, na frente de um computador ou com o celular na mão. Prova disso são dados do Comitê Gestor de Internet do Brasil, que mostram que 81% dos brasileiros acima de 10 anos têm internet em casa.
Para entender como produzir conteúdos que se destaquem na web, conversamos com Felipe Gue Martini, professor e coordenador do curso de Produção Audiovisual, do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG.
O que diferencia um conteúdo com qualidade?
“Só a tecnologia não garante a qualidade do material. Por mais que produzir vídeos seja algo que se democratizou e ficou mais fácil de fazer, é preciso levar em conta aspectos estéticos, teóricos e críticos em consideração”, comenta.
O professor também descreve o que diferencia um conteúdo profissional de outro feito de forma amadora. “Um produto amador simplesmente se utiliza das tecnologias de edição e filmagem disponíveis, mas sem um pensamento e reflexão por trás. O conteúdo profissional possui um estudo por trás, é melhor embasado”.
Como se organizar na hora de editar um vídeo?
Martini dá dicas de como se organizar na hora de gravar e editar um vídeo. “Toda edição começa no roteiro, muitas pessoas querem gravar de forma caótica, desorganizada, e tentam dar uma cara para o vídeo depois, na hora da edição. A questão principal é ter um planejamento bem estruturado, para saber o que gravar”, explica.
O coordenador também destaca que o passo seguinte em que se deve prestar atenção é o armazenamento do vídeo. “É importante guardar os arquivos de maneira organizada, para que nada seja perdido e não haja desespero na hora de editar. Além disso, é importante estudar conceitos e ideias por trás disso. Existem diferentes formas de trabalhar o vídeo. Não se trata apenas de organizar, mas de gerar um sentido para o produto”, destaca.
Em termos operacionais, Martini afirma o que mais é preciso para editar um vídeo com qualidade. “Achar um software com o qual a pessoa interage bem. Ter um dispositivo que dê conta da produção e edição. E controlar a ansiedade na hora de produzir, para não desperdiçar tempo”, enfatiza.
Onde há espaço para o profissional audiovisual no mercado?
Nunca se consumiu tanto audiovisual quanto atualmente. O professor, portanto, comenta que há muita concorrência no mercado de trabalho. “Ao mesmo tempo em que o consumo aumentou, nunca tantos amadores produziram audiovisual quanto agora. A grande questão é conseguir mostrar a diferença que faz ter a presença de profissionais qualificados”.
Martini destaca em quais áreas o profissional audiovisual pode atuar. “Existe a área da produção cinematográfica e um certo aquecimento no mercado de séries no Brasil. Também temos o mercado da televisão, publicitário, jornalístico, a própria internet, em plataformas como o YouTube, onde é possível divulgar o próprio trabalho. Há ainda os roteiristas, diretores de fotografia, produtores, entre outros cargos disponíveis no mercado”, salienta.
O coordenador destaca que não existe uma fórmula mágica para iniciar e encerrar vídeos, mas que algumas técnicas podem ajudar a aumentar a chance de engajamento. “São técnicas que envolvem o estudo de roteiro, como constituição de variações narrativas, clímax, conflitos, entre outras. O que eu acredito ser mais importante é a tensão dramática e apresentação clara de conflitos”.
Qual o diferencial do curso de Produção Audiovisual da FSG?
O professor destaca que um dos principais diferenciais do curso de Produção Audiovisual da FSG é envolver muito questões práticas. “Algo que é interessante é o desenvolvimento de produtos audiovisuais ao longo do curso, sejam eles de animação, ficção ou documentário. O aluno já chega desenvolvendo um produto, estudando as características da linguagem audiovisual e planejando o conteúdo”, explica.
Martini também destaca o corpo docente da FSG. “Temos, no curso, profissionais que trabalham na área. É um grupo muito vinculado ao mercado de trabalho, não apenas desenvolvendo, mas em contato com festivais e demais eventos que dialogam com o cinema e a comunicação. Também fazemos parcerias com produtores, para filmes”.
Conselhos profissionais
Por fim, Felipe Martini destaca o que, na sua visão, um profissional precisa ter para se destacar na área. “Algo que eu noto que faz a diferença são as referências. Assistir, ler e pesquisar sobre. É preciso saber aproveitar tudo da história do cinema, não apenas o que é atual. O estudante também deve se focar em aproveitar tudo o que o curso tem a oferecer, não focar apenas nas notas das disciplinas. O aprendizado está em esferas que vão além disso”, conclui.
Participe do processo seletivo da FSG
O próximo processo seletivo para estudar no Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG já está aberto. Acesse o site agora mesmo e consulte todas as formas de ingressar em uma das instituições de ensino mais populares e renomadas da região.