
O laudo emitido por engenheiros da prefeitura de Caxias do Sul recomenda a demolição imediata de três dos 10 sobrados interditados desde a madrugada de terça-feira (25), no bairro São Luiz. Outras três moradias do mesmo estilo devem passar por nova vistoria, para verificar se as estruturas são independentes. Caso não forem, todos deverão ser demolidos, segundo o documento emitido por profissionais da Secretaria de Obras.
Dez sobrados e oito apartamentos, localizados na Rua Luiz Gaio, foram evacuados ainda na madrugada de terça pelos bombeiros, após apresentarem fissuras e rachaduras nas paredes. Parte das famílias permaneceu no local na madrugada desta quarta para vigiar as casas e evitar eventuais roubos.
Por conta própria, montaram uma espécie de acampamento, com barraca em lona com alimentos, colchões e cadeiras de praia. A Guarda Municipal auxiliou no monitoramento.
O que diz o documento
O documento emitido baseia-se na vistoria visual da edificação, com inspeção das fundações, vigas, pilares, lajes e demais elementos estruturais.
Segundo o laudo, toda a área afetada deve permanecer interditada. Três dos 10 sobrados estão com a estrutura condenada e devem ser demolidos imediatamente. Outros três necessitam de uma nova vistoria de profissionais habilitados. O objetivo é verificar se há ou não separação das moradias comprometidas.
Conforme o documento, foi feita a cobertura em uma área aos fundos das moradias, que originalmente deveriam ser abertas. Isso poderia ter aumentado o peso sobre a estrutura, dando início às rachaduras.
O laudo ainda pontua que, por questão de segurança, as demais edificações (oito apartamentos e quatro sobrados) só poderão ser desinterditados após a demolição dos sobrados comprometidos e reavaliação técnica.
A prefeitura informa que aguarda a resposta do banco responsável pelo seguro das moradias para saber se há possibilidade de demolir a área sem que seja afetada a apólice dos moradores.
— Como os imóveis são financiados pela Caixa Federal, precisamos aguardar a autorização do banco para a execução do serviço. Isso ocorre em virtude dos moradores terem solicitado o seguro dentro do programa habitacional Minha Casa Minha Vida no qual fazem parte — explica o coordenador da Defesa Civil, tenente Armando da Silva.
Além disso, os pertences dos moradores só poderão ser retirados dos imóveis durante o processo de demolição.