Na madrugada de sexta-feira (13) faleceu em Caxias do Sul, na Serra, o frei Sylvio Giocondo Dall’angnol. Natural de Paim Filho, na Região Norte, ele tinha 95 anos.
Nos últimos meses sofreu uma fratura de fêmur, devido a uma queda. Após poucos dias de alta hospitalar, teve um AVC isquêmico e retornou para ao hospital. Depois de algumas semanas, sofreu um novo AVC hemorrágico, com nova internação em UTI e múltiplas sequelas. Era residente da Casa São Frei Pio, em Caxias do Sul, desde julho de 2020.
Filho de José Dall’Agnol e Amábile Bogoni, foi batizado por frei Valentim Dalle Grave, estudou nos seminários de Veranópolis e de Ipê entre 1940 e 1947. Vestiu o hábito capuchinho e iniciou o noviciado em janeiro de 1948, em Flores da Cunha, com profissão na Ordem em 6 de janeiro de 1949. Fez os estudos de Filosofia em Marau, entre 1949 e1951, e de Teologia em Garibaldi, de 1952 a 1954, e Porto Alegre entre 1955 e 1956. Foi ordenado presbítero em 13 de fevereiro de 1955, em Flores da Cunha, por Dom Benedito Zorzi.
Trajetória
Como sacerdote, iniciou sendo professor no Colégio Duque de Caxias, em Lagoa Vermelha, em 1957. Após, o percurso pastoral e de vida seguiu por diversas regiões do Estado: em Pelotas foi vigário em 1958 e em Santa Vitória do Palmar foi pároco de 1959 a 1960. Atuou como pároco em Barros Cassal (1961 e 1962), nas missões populares (1963 a 1965), em Segredo (1966 e 1967), e seguiu para Santa Maria, onde atuou como vigária entre 1968 e 1969.
Em sua trajetória ainda passou por Belém Novo, como vigário de 1970 a 1973; Garibaldi, como pregador de retiros (1974 a 1976); como missionário na República Centro Africana (1977 e 1978); retornou a Belém Novo como vigário (1980 e 1981); em Porto Alegre, na São Judas, como vigário (1982); pelo Hospital de Clínicas, Porto Alegre, como capelão (1983 a 1985); em Itamaraju, na Bahia, como pároco (1986 e 1987); por Erval Seco, como pároco (1988); em Capão do Leão (de 1989 a 1993); em Esmeralda, novamente como pároco (1995); em Piratuba, cuidador da casa ( de 1997 a 1998); e Granja Fátima, Ipiranga do Sul (1999).
De 2000 a 2020 foi capelão dos hospitais Colônia Itapoã, Sanatório Partenon e Psiquiátrico São Pedro, e em cuidados de saúde, integrado, sucessivamente, às fraternidades São Lourenço, São Lucas, Mãe de Deus, Santo Operário, em Canoas.
Publicou mais de 20 títulos, entre livros e libretos, como A Vida e as Visitas da Imaculada Virgem e Mãe de Deus, Silêncio: Identidade, silêncio e paz, Balaô: cultura e vida na África, Madonna Dall’Agnol, As flores e as aves falam, Erval Seco... no capricho, Stória de Bepi Banda, Capão do Leão e Vidário: celebração da vida.
Em janeiro de 1999 celebrou jubileu de ouro de vida religiosa, junto a outros sete capuchinhos, em Flores da Cunha, entre eles os também falecidos freis Dom Osório Bebber, Dom Clóvis Frainer, Jenésio Pereira da Silva e Zeferino Rossetti.
Recebeu o título de Cidadão Leonense, outorgado pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão. Também recebeu o título de Cidadão Honorário de Pinhal da Serra e Cidadão Benemérito de Barros Cassal.