Iniciados nos últimos dias, os estudos geológicos e geotécnicos na região do bairro Galópolis, em Caxias, têm conclusão prevista para quatro meses. O levantamento vai avaliar os estragos causados pela chuva de maio na região e analisar as características do solo no bairro para propor ações preventivas. Galópolis foi a região da cidade que mais concentrou estragos devido à catástrofe climática.
Os técnicos da Terra Service Geologia e Engenharia Ltda, contratada pelo município, analisam o solo de encostas, de ruas e até do Arroio Pinhal, para identificar as características geológicas e indicar as medidas necessárias. Entre as medidas possíveis, por exemplo, estão programas de monitoramento, alerta e educação ambiental, além de possíveis obras.
As primeiras ações são realizadas na Rua José Casa, uma das mais atingidas pela danos registrados em maio. Os especialistas estão realizando perfurações para entender como são as diferentes camadas do solo e identificar os pontos com mais chances de deslizamentos.
As sondagens também vão se estender a outros pontos do bairro para verificar se alguma área que não teve deslizamentos há três meses também corre risco no futuro. Ao todo serão 120 análises, 30 perfurações, identificação de rochas e análises específicas de solo. Cinco seções do Arroio Pinhal também passarão por verificação para avaliar a vazão.
— Além dos estudos geotécnicos também foram contratados a modelagem do arroio para que dê vazão a esses volumes excepcionais de chuva, sem transbordar — explica o proprietário da Terra Service e ex-secretário do Meio Ambiente, Nerio Susin.
Além do trabalho em campo, também estão previstas análises em laboratório do material coletado. Ao todo, 20 profissionais atual no trabalho, que tem custo estimado em R$ 1 milhão.