A Fundação de Assistência Social de Caxias do Sul (FAS) aguarda para 2025 um censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que deve dimensionar a população de rua do município. Enquanto não há dados concretos de quantas pessoas estão em situação de rua, a FAS se baseia em números de atendimentos como o das abordagens, que acolheram 146 pessoas em junho.
No primeiro semestre, de acordo com a diretora de Proteção Social Especial de Média Complexidade, Cristiane Grandi Oliboni, foram em média 280 abordagens mensais e concentradas principalmente na área central de Caxias, o que não significa que todos tenham aceitado o acolhimento.
— Está programado para o IBGE chegar no ano que vem nas grandes cidades para fazer esse censo. Temos o número do Cadastro Único, mas não podemos nos basear por ele por se tratar de uma população muito transitória. Ainda é um desafio convencer alguns a deixarem as ruas e serem atendidos pela rede. Com a chegada do frio, alguns que não aceitavam em um primeiro momento ficam mais flexíveis — diz.
Desde 1º de junho, uma pareceria com o Projeto Mão Amiga oferece 60 vagas de pernoite na Casa Bom Samaritano. Os acolhidos recebem jantar, local para dormir e café da manhã. O atendimento abre às 19h e segue até a manhã do dia seguinte. O acolhimento funciona na Rua Maria Quitéria, 907, no bairro Marechal Floriano, e ocorre até setembro.
A oportunidade aumentou para 140 vagas a capacidade de acolhimento quando somadas com as 80 vagas oferecidas nas casas de passagem Carlos Miguel dos Santos e São Francisco. Os encaminhamentos são feitos pelo Centro Pop Rua.