Dois bloqueios para obras aumentam o percurso entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis nesta segunda-feira (15). Um deles ocorre entre os km 174 e 181 da BR-116, entre o Rio Caí e as proximidades do acesso ao Ninho das Águias. Já na cidade de Feliz a interrupção ocorre na ponte de ferro do município, que ficará fechada por três meses.
Ambos os trajetos são ligações importantes entre as cidades devido aos problemas logísticos causados pela enchente de maio. No caso da BR-116, com a demolição da ponte danificada sobre o Rio Caí, o desvio mais próximo é via Ponte do Bananal, acessada em Vale Real. Por esse percurso, é possível utilizar a BR-116 passando pela localidade de Linha Temerária.
Com a interrupção da rodovia até as 18h desta segunda-feira, porém, a alternativa mais viável seria pela ponte de Feliz, passando por Linha Nova até Nova Petrópolis. As obras na ponte, contudo, obrigam o motorista a seguir até São Sebastião do Caí, passando em seguida por São José do Hortêncio, Presidente Lucena e Picada Café até chegar à Região das Hortênsias. Partindo de Caxias, o percurso leva cerca de duas horas.
O desvio por São Sebastião do Caí também pode ser necessário em caso de aumento no nível do Rio Caí, mesmo em momentos de tráfego permitido na BR-116. Isso porque a Ponte do Bananal costuma ficar submersa com volumes maiores de água. Outro caminho possível é via Rota do Sol, passando por São Francisco de Paula e Canela, via RS-235.
A ponte definitiva da BR-116, entre Caxias e Nova Petrópolis, já teve as obras iniciadas, mas a previsão é de que elas sejam concluídas em fevereiro. Já a ponte metálica provisória tem estimativa de ser entregue até o fim de julho, mas ainda não há uma data confirmada. A ideia inicial era entregar a estrutura no mês passado, mas a cheia do Rio Caí danificou as cabeceiras que estavam em fase de construção.
Reparo em pilares
A recuperação da ponte de Feliz vai envolver o reforço e a correção das rachaduras no pilar sul, a elevação da estrutura por meio de um macaco hidráulico, correção das fundações dos pilares, troca do piso e recuperação da estrutura metálica. A parte superior da ponte também vai receber uma viga de concreto, que demanda tempo para secagem.
Conforme a prefeitura de Feliz, antes da enchente de maio já havia sido identificada uma fissura no pilar e corrosão na estrutura metálica. Com a enchente, porém, a trinca do pilar aumentou e ainda houve pressão da água sobre a travessia. A correnteza também causou erosão junto às fundações.
Desde então, a travessia teve correções pontuais. As obras para solucionar os problemas identificados antes da enchente já estavam previstas, mas o agravamento dos problemas aumentou a urgência das intervenções.