O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou que irá adotar um novo formato de construção para a cabeceira da ponte provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis.
As cidades entre a Serra e a região das Hortênsias perderam a conexão em 12 de maio. A intensa chuva registrada no mês fez com que o nível do Rio Caí subisse e pressionasse um dos pilares da ponte, que cedeu.
Conforme o superintendente regional do Dnit, Hiratan Pinheiro da Silva, todas as etapas da construção da cabeceira receberão uma camada de concretagem. Apesar de demandar mais tempo para a edificação, o método deverá garantir o fortalecimento da estrutura, que é a base para ponte. Questionado, Pinheiro não soube detalhar quanto tempo a mais será necessário para a cabeceira ser construída com essa nova metodologia.
A execução do projeto será realizada por uma empresa que o Dnit ainda precisa contratar. Para isso, o departamento está buscando orçamentos e finalizando o plano de trabalho. A estimativa é que os processos sejam concluídos até o final dessa semana.
As obras da ponte provisória estão interrompidas desde metade de junho, quando parte das pedras colocadas na cabeceira deslizaram para dentro do Rio Caí. Nesse formato de construção, a concretagem seria feita no final. Contudo, as pedras foram levadas pela chuva antes de o processo ser realizado.
A partir disso, a instalação da estrutura, que está a cargo do Exército, foi suspensa por tempo indeterminado. Os militares seguem na região, aguardando o andamento das obras para lançar a ponte provisória. A estrutura metálica será instalada em um desvio da BR-116, que fica entre Vila Cristina, interior de Caxias do Sul e São José do Caí, uma comunidade de Nova Petrópolis.
Ponte principal foi implodida na última quinta-feira
A estrutura da ponte danificada na BR-116 foi implodida na quinta-feira (27) por uma equipe da Construtora Cidade, contratada pelo Dnit. O asfalto da rodovia havia sido removido antes de a ação ser realizada. As partes metálicas que sobraram foram retiradas no mesmo dia da implosão. Os pedaços menores, que caíram dentro do Rio Caí, permanecerão no leito. Segundo o Dnit, o material não tem potencial poluidor.
A implosão é parte do projeto que irá reconstruir toda a estrutura da ponte. As obras serão realizadas pelos Dnit, com previsão de conclusão em fevereiro de 2025. A nova travessia será mais alta, larga e comprida que a ponte que foi implodida. Cerca de R$ 31 milhões serão investidos nessa obra.