Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros membros do governo federal, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira (6) o envio de 799 leitos clínicos e pediátricos emergenciais para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul. Desses, 40 serão instalados no Hospital Geral, em Caxias do Sul. De acordo com a titular da pasta, a implementação é emergencial por um período de seis meses:
— Nós, após todo um plano feito com Estado e municípios, concluímos o processo de leitos emergenciais cuja portaria sairá hoje. São 799 leitos clínicos e pediátricos, e a eles se somam os 120 leitos que já haviam sido autorizados na medida provisória ao Grupo Hospitalar Conceição. São leitos emergenciais por um período de seis meses para que possamos organizar a fase da reconstrução — anunciou a ministra Nísia, que também publicou sobre o anúncio nas redes sociais:
No anúncio, a ministra não informou prazos para chegada e instalação dos leitos no Estado. A assessoria do Ministério da Saúde confirmou que os leitos são provisórios, mas também não detalhou como funcionará a implementação das unidades de atendimento.
A demanda havia sido feita ao governo federal em mais de uma ocasião em 2024. Em fevereiro, durante visita a Caxias de Paulo Pimenta — então ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, hoje ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS —, a direção do Hospital Geral entregou o pedido para que fossem repassados R$ 36 milhões à instituição. O valor seria usado justamente para permitir a abertura de 40 leitos.
Já no início de maio, durante agenda em Brasília, o MobiCaxias reforçou demandas da região ao governo federal. À entidade, a deputada federal Denise Pessôa informou, em 10 de maio, que o vice-presidente Geraldo Alckmin havia confirmado a prioridade para demandas do Hospital Geral.
— Ele (Alckmin) nos acenou positivamente, já com encaminhamentos protocolados, para repasse de R$ 4 milhões mensais para abertura de 40 novos leitos. São 30 leitos clínicos e 10 de UTI – salientou o presidente do Mobi, Ricardo Postiglione, à época.