É a estabilidade do clima que vai permitir o retorno para casa de cerca de 80 moradores de Santa Tereza que saíram antes da água do Rio Taquari invadir as estruturas, na última segunda-feira (17). A volta para as residências aconteceria nesta quarta-feira (19), mas a imprevisibilidade das condições meteorológicas atrasou o retorno.
De acordo com a prefeita Gisele Caumo, o movimento deve ocorrer a partir desta quinta-feira (20) ou assim que o tempo permitir. Santa Tereza não tem desalojados, todas as 80 pessoas estão em casas de amigos ou familiares e a prefeitura oferece refeições no salão paroquial.
O município de 1,7 mil habitantes tem o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para analisar áreas que representam riscos e avaliar a realocação de famílias que hoje estão instaladas muito próximas ao Rio Taquari.
Obras em um novo loteamento, que contará com 24 casas, já foram garantidas pelo governo do Estado. A construção já começou e tem prazo de 120 dias para a entrega. Santa Tereza sofreu com cinco eventos climáticos em sequência desde setembro do ano passado.
— Estive reunida com a comunidade, (e a mudança) não foi uma imposição, foi uma tratativa. A grande maioria estava a favor desta realocação, de repensar e ressignificar Santa Tereza. Temos estudos em andamento, principalmente no quesito da prevenção, e em trabalhar as encostas que hoje se encontram bastante comprometidas — diz Gisele.
A Universidade de Caxias do Sul (UCS) também é parceira da prefeitura, e, segundo Gisele, incluiu o município no Plano de Cidades Resilientes para fazer estudos que minimizem os impactos de novas enchentes.