A mobilização comunitária iniciada em setembro do ano passado após a destruição da ponte de ferro, localizada na RS-448, entre Nova Roma do Sul e Farroupilha, mostra força novamente. É que agora voluntários da Associação Amigos de Nova Roma trabalham para remover dezenas de barreiras que se acumulam ao longo da rodovia estadual. O objetivo é retomar o tráfego de veículos e a ligação com o município vizinho.
Os trabalhos começaram ainda na sexta-feira (3) e seguiram ao longo do final de semana sem descanso. São oito máquinas removendo pedras, terra e vegetação. Na manhã desta segunda-feira (6), os voluntários conseguiram acessar a nova ponte, pelo lado de Nova Roma do Sul. Nesta primeira etapa, os serviços consistem em traçar uma avaliação de como está o caminho.
— Estamos tentando restabelecer o acesso até Farroupilha. O estrago é grande, só vendo para acreditar. Muita pedra, muito mato. De Nova Roma a Farroupilha, estipula-se que há em torno de 200 barreiras caídas. Estamos preocupados que do lado de Farroupilha talvez tenha cedido até a própria estrada — diz o presidente da Associação Amigos de Nova Roma do Sul, Tranquilo Tessaro.
Tessaro conta que a rápida elevação do nível do Rio das Antas, provocado pelo alto volume de chuva da semana passada, gerou tensão e angústia na cidade:
— A ponte foi só por Nossa Senhora de Caravaggio. A água chegou a alcançar a pista, mas aí teve um pouco de acesso lateral e, como foi erguida a dois metros (a mais que a antiga), a evacuação da água facilitou com que a ponte permanecesse. Nós não dormimos por três noites pensando na ponte — relembra.
Os trabalhos são custeados por empresas e com recursos da associação. O serviço deve seguir ao longo dos próximos dias. O objetivo é, após liberar a RS-448, ajudar outros municípios gaúchos que sofrem as consequências da chuva.