O acesso para a Vila São Pedro, no interior de Caxias do Sul, que está isolada desde o começo do mês, deverá ser providenciado de forma emergencial pelo governo estadual. Este é o entendimento do Ministério Público, que irá fazer a solicitação, uma vez que o terreno onde fica a comunidade é de propriedade do Estado.
Em ação movida antes da queda da ponte, sobre a criação de infraestrutura no local, houve condenação do Estado com trânsito em julgado, quando não cabe mais recursos. O resultado saiu em março deste ano. Agora, a ponte que caiu com a força do Arroio Pinhal deve ser reconstruída. O promotor Adrio Gelatti acompanha o caso e diz que, como a solução definitiva pode demorar, a instalação de uma estrutura provisória será sugerida.
— Nós vamos conversar com o Estado para que seja viabilizada ali, emergencialmente, uma ponte provisória. Se for possível, de metal ou de alguma outra forma, para suprir o acesso dessas pessoas. Já estará de bom tamanho — sugere Gelatti.
De acordo com o promotor, a área passou a ser do Estado em razão de uma execução fiscal contra uma antiga empresa local. Com o tempo, os terrenos foram ocupados e, sem ação para remover os moradores da época, veio o processo para urbanização.
— O Estado foi condenado por sua omissão histórica, que não é desse governo ou do anterior, mas de muitos anos. Por essa omissão, foi condenado a fazer a regularização e implantar infraestrutura – explica.
Desde que ficaram isolados, os moradores providenciaram uma ligação provisória para pedestres. A pinguela permite que alimentos e itens básicos cheguem à vila.
Prefeitura esteve na localidade no retorno dos moradores
Em nota divulgada nesta sexta-feira (17), a prefeitura de Caxias confirmou que o secretário de Obras e Serviços Públicos, Norberto Soletti, esteve na Vila São Pedro, no distrito de Vila Cristina, na última terça-feira (14). Ele foi acompanhado pelo tenente Armando da Silva, coordenador da Defesa Civil, e do engenheiro do município Nestor Alves. Além de averiguarem a situação da comunidade e o retorno dos moradores para casa, já que foram evacuados por risco de alagamento, foi feita também uma avaliação técnica da travessia provisória à localidade. O equipamento foi liberado para utilização.