A semana fecha na região com aumento na barragens com risco de rompimento. Atualmente, cinco estruturas estão sendo monitoradas. O alto volume de chuvas, registrado desde a segunda-feira (29) tem afetado a estrutura de barragens e elevado o nível de água dos reservatórios. Cidades como Bento Gonçalves, Canela, Farroupilha, Caxias do Sul, Pinto Bandeira e São Francisco de Paula podem ser atingidas por grandes volumes de água. Confira a seguir a situação dessas e de outras estruturas na região da Serra:
Barragem São Miguel, entre Bento Gonçalves e Pinto Bandeira
Moradores das proximidades da Barragem São Miguel, localizada junto ao Arroio Buratti, num ponto em Bento Gonçalves no limite com Pinto Bandeira, já foram retiradas. A Corsan alertou sobre que uma movimentação na encosta em um dos lados do reservatório colocou a estrutura em risco de rompimento total ou parcial.
Barragem Arroio Barracão, em Bento Gonçalves
Em nota nessa quinta-feira (2) a Corsan informou a emissão de Declaração de Emergência devido a erosão da margem direita do Arroio Barracão. A companhia fez a retirada de famílias das regiões Balneário São Bento, estrada Barracão, Vilarejo de Integração Anjos Unidos e localidade de São Pedro. A Corsan também iniciou tratativas com o Exército e a Prefeitura de Bento Gonçalves para reparar a margem direita da Barragem Barracão.
Barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves
O rompimento parcial da estrutura foi confirmado pela equipe técnica da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) nessa quinta-feira (2). Em nota, o governo informou que a estrutura já estava submersa e que a movimentação turbulenta da água foi notada após o comprometimento da ombreira direita, uma das laterais em que a barragem está apoiada. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está investigando o caso.
Segundo a Ceran o rompimento parcial não traz aumento significativo na vazão da Bacia Taquari-Antas. Em Santa Tereza e Muçum, a elevação observada no nível da água foi de 35cm e e de 25cm, respectivamente.
A prefeitura de Bento Gonçalves já iniciou a operação de resgate dos moradores próximos à barragem. As famílias estão sendo acolhidas no Ginásio de Faria Lemos.
Represa Dal Bó, em Caxias do Sul
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) informou que o nível de água baixou em 1 metro. Sobre o alerta de rompimento, a situação está sendo avaliada pela equipe do serviço. Mesmo assim, os moradores dos bairros Fátima, São José e Santa Catarina devem permanecer fora da área de risco.
Represa Samaura, entre Caxias do Sul e Farroupilha
A estrutura próxima do Campus 8 da UCS, em Forqueta, não corre risco de rompimento. A represa não apresenta mais transbordamento. Uma nova avaliação técnica indica que não há mais riscos na estrutura. Na terça-feira (30), seis famílias que residem nas proximidades foram evacuadas.
Barragem do Blang, em São Francisco de Paula
Conforme a CEEE Geração, que monitora a situação, a estrutura da barragem não apresenta avarias. Contudo, o alto volume de água na estrutura, advindo do Rio Santa Cruz, coloca a barragem em situação de nível de atenção. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS) monitoram o espaço. Na quinta-feira (2), foi registrada vazão acima da cheia decamilenar. Na prática, a estrutura está suportando altíssimos volumes de água. Por precaução, todos os moradores das proximidades foram evacuados. A Barragem do Blang é uma das três estruturas que abastece a Usina Hidrelétrica de Bugres, em Canela.
Barragem do Divisa, em São Francisco de Paula
Informações da CEEE, que controla as condições do local, a estrutura próxima do Tedesco Eco Park, também não apresenta problemas de infraestrutura. Contudo, o nível de água vindo do Rio Santa Cruz é considerado altíssimo. A barragem foi classificada em nível de alerta. Por segurança os moradores já foram retirados do local. A Barragem do Divisa é uma das três estruturas que abastece a Usina Hidrelétrica de Bugres, em Canela.
Barragem Canastra, em Canela
A barragem da zona rural de Canela está em situação de atenção devido a falta acesso para vistoriar a estrutura. Conforme a CEEE um deslizamento de barreiras bloqueou as estradas que permitem a entrada na barragem. A estrutura não conta com avarias. Nas proximidades do local não há moradores. A barragem Canastra abastece a Usina Hidrelétrica de Canastra.