Fortemente atingida por temporais e chuvas intensas, desde setembro do ano passado, a Serra soma, até esta terça-feira (9), 25 municípios com situação de emergência ou calamidade pública reconhecidas pelo governo federal. O número leva em conta os decretos que estão em vigência atualmente. Entre as justificativas estão chuvas intensas, vendaval, inundações, enxurradas, alagamentos e granizo.
Nesta segunda-feira (8), São Marcos teve o reconhecimento da situação de emergência, referente a um temporal que atingiu o município no dia 17 de novembro. Além disso, há cidades em situação de emergência e calamidade pública ao mesmo tempo. É o caso de Caxias do Sul, Nova Roma do Sul e Santa Tereza.
Do total, 11 cidades já receberam recurso federal, ainda em 2023, em valores que variam de R$ 112,9 mil a R$ R$ 4,3 milhões. Nenhum repasse foi feito ainda nos nove primeiros dias deste ano. Os dados são do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Confira a relação de todas as 25 cidades na tabela abaixo.
Para decretar situação de emergência é necessário que haja comprometimento parcial na capacidade de resposta do poder público à crise, que é menos grave e ainda não afetou a população. Já no estado de calamidade pública o comprometimento é substancial, a crise é mais grave e deve ter efeito na população.
Chuva não dará trégua à Serra
As chuvas intensas e os temporais, que seguem sendo registrados na região, não darão trégua, pelo menos até abril. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Vinícius Lucyrio, o calor e a alta umidade devem alimentar temporais e acumulados "bem elevados" na região. Fevereiro mantém o padrão, com previsão de chuva um pouco acima da média na Serra.
A primeira quinzena de março deve seguir o comportamento do tempo de fevereiro, entretanto, a partir da segunda quinzena, há a maior propensão de acumulados mais expressivos, tendo em vista as frentes frias que avançarão sobre o Rio Grande do Sul.