De domingo (13) até esta terça-feira (15), 14 contêineres foram alvo de incêndio em Caxias do Sul. Destes, 10 são amarelos (destinados à coleta seletiva) e foram destruídos pelas chamas. Os outros quatro são verdes (para resíduos orgânicos e feitos de metal), sofreram danos e vão precisar de manutenção realizada pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca). Para além do prejuízo financeiro, a situação deixa o poder público em alerta: de janeiro até o momento, já são 102 casos de equipamentos queimados, o que se aproxima do total de todo o ano passado, quando 109 contêineres foram alvo de ações criminosas.
Em agosto, já são 20 registros, o que coloca o mês como o segundo no ranking de maior número de casos em 2023 — na primeira posição, está janeiro, quando 33 equipamentos foram atingidos pelas chamas (veja mais abaixo).
Os dados da Codeca ainda demonstram que a área central e o bairro Rio Branco foram os que mais sofreram com a nova onda de vandalismo, somando sete e quatro casos, respectivamente. Também houve danos em equipamentos dos bairros São Luiz da 6ª Légua (3), Cinquentenário (2), Madureira (2), Pio X (1) e Jardelino Ramos (1).
Todos os casos são registrados na Polícia Civil. Titular da 1ª Delegacia de Polícia, o delegado Rodrigo Duarte diz que não se pode afastar a hipótese de haver um mandante para este tipo de ação criminosa, contudo, pelo histórico dos autores identificados até então, a tese mais forte é a de vandalismo. Ele ainda acrescenta que a ausência de testemunhas é uma das dificuldades neste tipo de investigação, sendo que as apurações dependem de imagens de câmeras de segurança, quando existentes.
No início do mês, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de um homem de 43 anos, apontado como autor de atos de vandalismo contra contêineres no município. A investigação indica que ele é o responsável pela destruição de cinco equipamentos na madrugada de 26 de julho, no bairro Marechal Floriano. A polícia, contudo, ainda aguarda uma resposta para o pedido de prisão.
— Os autores têm de ter a certeza do ônus que terão se forem identificados pela referida prática delitiva, visto que não é incomum vários contêineres serem incendiados na sequência pela mesma pessoa — avalia Kegler.
Segundo a Codeca, cada contêiner amarelo custa, em média, R$ 2 mil. Assim, já são cerca de R$ 186 mil em prejuízo aos cofres públicos. Fotos e vídeos de ações de vandalismo podem ser encaminhados ao canal de denúncias da Codeca, pelo (54) 99215-1788.
Contêineres queimados em 2023
- Janeiro: 33
- Fevereiro: 17
- Março: 6
- Abril: 6
- Maio: 2
- Junho: 8
- Julho: 10
- Agosto: 20
- TOTAL: 102*
*Nove deles são verdes, feitos de metal e destinados aos resíduos orgânicos. Esses equipamentos não chegam a ser destruídos, contudo, os danos exigem manutenção por parte da Codeca.
Fonte: Codeca.