Caxias do Sul é o único município do Rio Grande do Sul selecionado para a segunda etapa de um programa de transformação digital da América Latina. A seleção foi anunciada na última semana pela Corporação Andina de Fomento (CAF), pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e pelo Consórcio Latina América Smart Cities.
Conforme a corporação, a maturidade digital das cidades e o comprometimento no envio das informações foram os fatores determinantes para a seleção. Além de Caxias, estão na lista Belém (PA) e Boa Vista (RR). Na primeira etapa, haviam sido selecionados oito municípios para integrar um estudo sobre cidades inteligentes, sendo que apenas três foram escolhidas para a fase atual. O conceito de cidades inteligentes reúne conectividade, eficiência e coleta de dados para integrar e melhorar a prestação dos serviços e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida da população.
Na posição 91 do ranking da plataforma Connected Smart Cities - que lista as 100 cidades mais inteligentes do país, Caxias foi avaliada em diversos indicadores. O diagnóstico mediu o nível de desenvolvimento da inteligência da gestão e funcionamento dos serviços públicos.
Após essa análise, o município foi selecionado e poderá receber financiamento para elaboração e implantação dos projetos de transformação digital que atendam aos desafios apontados. A ideia é que as cidades recebam financiamento da CAF para tirar as soluções do papel, mas o valor a ser destinado e os projetos variam de acordo com cada município.
— É importante salientar o que nos proporcionou sermos escolhidos. É resultado do que já foi encontrado aqui, o cenário que já construímos, a exemplo de ter uma lei moderna de inovação, por exemplo. Eles também consideraram a disposição, a prestação de contas e o nosso interesse ao sermos prestativos no retorno — explica a vice-prefeita, Paula Ioris.
O Escritório de Dados, vinculado ao gabinete da vice-prefeita, ficou responsável pelas respostas à CAF. A coordenadora do Escritório, Suane Moschen, explica que após o recebimento dos formulários foram nomeados oito servidores para responder as questões de governança, território e infraestrutura.
— Fizemos reuniões para responder o diagnóstico colaborativamente — conta ela.
Nas próximas semanas, o consórcio deve iniciar uma imersão focada em transformação digital e cidades inteligentes. A segunda etapa do programa envolve um trabalho próximo da consultoria com cada um dos municípios. Serão elaborados projetos relacionados à temática e a partir dos desafios identificados na etapa de diagnóstico.