Duas corujas e um veado catingueiro, que estavam passando por cuidados da equipe do Jardim Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (Zoo da UCS), foram soltos na natureza na região da Serra durante o mês de agosto. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) pela universidade.
Segundo a UCS, os animais estavam recebendo cuidados dos profissionais do zoológico desde o mês de junho. O veado, que foi encontrado no pátio de uma casa em Caxias do Sul, chegou com diversas lesões por ter batido contra um muro. O animal foi enviado para o zoológico pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) e precisou passar por cirurgia para se recuperar dos ferimentos. Além disso, o veado passou por tratamento clínico até ser reabilitado e estar apto para retornar à natureza.
As corujas chegaram no local por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (Sema) e não tinham ferimentos, mas, por serem filhotes, precisaram passar por acompanhamento por cerca de dois meses. Depois de completarem o desenvolvimento e estarem prontas para voltar ao habitat natural, sem necessitar de cuidados parentais, foram reintroduzidas à vida livre.
Ainda segundo a UCS, a equipe do zoológico busca manter um contato mínimo com os animais que passam por tratamento, para evitar laços afetivos e aumentar as chances deles se recuperarem e serem soltos na natureza. Entretanto, existem situações onde os animais não têm condições de retornarem ao habitat natural e acabam permanecendo sob os cuidados do Zoo.
— Quando a gente recebe um animal de vida livre, o principal objetivo é sempre a reabilitação para que ele possa voltar à natureza. Caso isso não seja possível, por alguma questão, ele acaba sendo acolhido pelo zoológico — conta o médico veterinário responsável técnico pelo Zoo da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi.
Neste ano, diferentes animais passaram por cuidados da equipe do zoológico e do Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET). O Zoo funciona como centro de recuperação e abrigo de animais silvestres, que são apreendidos em cativeiro ilegal ou encontrados debilitados, feridos ou órfãos, que, após avaliação e tratamento veterinário especializado, podem permanecer no local, ser encaminhados para criadouros legalizados ou reintegrados à natureza.