O comércio ambulante no pátio e estacionamento do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, não será mais permitido. A área é privada e apenas os indígenas, que já tem um local determinado por acordo com Ministério Público e Executivo municipal, estão autorizados a vender seu artesanato. A medida foi tomada nesta semana, entre o santuário e a prefeitura, após conflitos entre ambulantes e indígenas.
No entorno, que é área pública, os ambulantes poderão comercializar produtos. Porém, a prefeitura promete intensificar a fiscalização. Conforme a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Regina Celia Ducati, será feita uma força-tarefa para verificar se todos têm alvará e também conferir a origem e a procedência dos produtos.
Segundo a secretária, a partir deste final de semana, aos sábados e domingos, principalmente, será feita uma fiscalização com apoio da Brigada Militar (BM) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE):
— O intuito é sempre o diálogo, de conversar com as pessoas e direcionar para que elas se formalizem e atuem na sua atividade comercial de forma correta, como exige a lei. Gosto de também salientar que a lei de liberdade econômica prevê que as pessoas empreendam, fazendo a sua atividade econômica. Porém, existem alguns regramentos a serem seguidos.
As medidas atendem a um pedido do santuário e buscam evitar novos conflitos entre ambulantes e indígenas. Nas últimas semanas, foram registradas brigas por disputa de espaços e clientes, o que gerou desconforto entre os visitantes.
— Eles não querem o comércio dentro da área deles por entenderem que o o santuário é um lugar de reflexão, de oração e que o comércio ambulante pode estar atrapalhando os peregrinos que vão em busca desse momento no Santuário de Caravaggio — acrescenta Regina.
Conforme a direção do santuário, em alguns finais de semana, o local chega receber cerca de 20 mil pessoas.