De produtos saudáveis a uma experiência inédita: o Parque das Abelhas, que surgiu em 2021, está se preparando para receber turistas a partir do segundo semestre deste ano. No primeiro semestre, o estabelecimento de Bento Gonçalves conseguiu o alvará de funcionamento. O próximo passo é a construção da estrutura para receber os visitantes, que ainda está em fase inicial. Com ela, o parque vai oferecer a experiência de o visitante ter um dia de meliponicultor (nome dado ao profissional que trabalha com a criação das abelhas sem ferrão).
Um diferencial do parque dos Caminhos de Pedra é o trabalho com as abelhas nativas brasileiras, que não possuem o ferrão. A diretora de marketing do empreendimento, Nicole Sachet, lembra que essa espécie do inseto não traz perigo como as com ferrão, que possuem picada dolorida e que pode ser fatal para alérgicos.
— Nós temos, na Casa da Ovelha, a questão da experiência, que é o nosso foco. E as abelhas sem ferrão tem a mesma filosofia, da experiência, do visitante ter o contato da abelha sem ferrão, poder estar próximo, e mostrar a valorização das abelhas, para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre elas e a importância delas para o meio-ambiente, para a natureza. E elas são inofensivas — explica Nicole.
O parque terá um espaço receptivo com 380 metros quadrados, que imita uma vinícola antiga — como conta Nicole, para seguir a aparência do Caminhos de Pedra. Além disso, existirá uma área para o contato com as abelhas. A iniciativa do parque é de Tárcio Michelon, que também é o administrador da Casa da Ovelha. Na experiência como meliponicultor, o turista poderá manejar as caixas, provar o mel da colmeia, ver de onde sai o própolis e ter o contato com as abelhas. A reportagem teve a oportunidade de realizar uma simulação desta experiência.
Com auxílio de profissionais, as caixas de cada espécie são abertas. Sem ferrão, as abelhas ficam ao redor dos visitantes, enquanto as características delas são apresentadas. De forma segura, o turista pode observar a produção de cada abelha — que difere de uma espécie para outra. Por exemplo, a formação das células da colmeia da abelha Iraí é em espiral.
Com a abertura, também pode-se provar a produção das abelhas direto da caixa, que, com certeza, tem um gosto único. No ambiente, com os insetos sobrevoando, um cheiro de mel também pode ser sentido.
— Um dos pilares é mostrar para as pessoas que existe mais de um tipo de abelha. É bem comum as pessoas conhecerem apenas as abelhas com ferrão. Queremos mostrar também a importância delas para o meio-ambiente. Elas são necessárias, já que polinizam tudo e, segundo estudos, se não tivéssemos abelhas, não teríamos vida na Terra — destaca a diretora de marketing.
Os produtos
Desde 2021, o parque comercializa produtos à base de mel das abelhas Tubuna, Jataí e Tiuba, própolis e pólen das abelhas sem ferrão. Um dos destaques é o mel da Jataí, que pode ser consumido por diabéticos, já que não eleva a glicose. O empreendimento, com vendas online e na Casa da Ovelha, possui consumidores de todo o Brasil.