Em decorrência da contratação de empresas que são acusadas de terem mantido 207 pessoas em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves, mulheres que participam do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) protestaram em frente a uma loja da Vinícola Salton, localizada na Avenida Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, na última quarta-feira (8).
A ação foi realizada por conta do Dia da Mulher, em frente à Enoteca Família Salton, e fez parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres sem Terra. A iniciativa ocorre todos os anos e conta com mobilizações, protestos, ações de formação e intervenções. Na ocasião, as manifestantes estenderam faixas que diziam que o agronegócio lucra com a fome e a violência, gritavam palavras de ordem, além de terem lançado tinta vermelha na fachada do local.
Após o ocorrido, a Salton divulgou, em nota, que repudia veementemente qualquer forma de violência que ameace a integridade dos colaboradores e consumidores.
"Em relação ao fato ocorrido hoje (08/03) em frente à sua loja, em São Paulo, a Salton reforça que repudia veementemente qualquer forma de violência que ameace a integridade dos seus colaboradores e consumidores. A vinícola vem trabalhando em total colaboração com MPT para construir compromissos sólidos, além de reparações aos danos sofridos pelos trabalhadores da empresa Fênix, no resgate ocorrido no alojamento da prestadora de serviços."
Vale destacar que, no próximo mês, o MST realiza o Abril Vermelho. A iniciativa é uma jornada anual de lutas do movimento em prol da reforma agrária e que concentra suas ações de maior repercussão.
