A Vigilância Ambiental em Saúde de Caxias do Sul contabilizou 728 focos do mosquito transmissor da dengue em 2022. O número representa um aumento de 248% em relação a 2021, quando foram notificados 209 focos do Aedes aegypti. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3).
Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), cerca de 40% dos 728 focos foram identificados em locais para armazenamento de água, como baldes, tonéis, tanques, bacias e até em piscinas. Todos foram bloqueados pelos agentes de combate a endemias da Vigilância Ambiental em Saúde, que realizam a busca num raio de 300 metros do foco.
Além disso, em todo o ano passado foram registrados nove casos de dengue autóctones (contraídos no município). Um outro caso havia sido registrado em 2020.
— O aumento do número de focos encontrados, 728, demonstra que o mosquito Aedes aegypti está adaptado ao município e à região. Então, estamos informando e chamando a população para somarmos esforços neste combate que, em princípio, é simples: eliminando a água parada de qualquer recipiente em seus pátios — destaca o diretor técnico da Vigilância Ambiental Saúde, Rogério Poletto.
É importante lembrar que, além da dengue, o inseto também transmite zika vírus e febre chikungunya.
Mais de 130 mil visitas realizadas nos últimos 12 meses
Ainda segundo a SMS, os agentes de combate a endemias monitoram, constantemente, 195 pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias e floriculturas, onde é comum haver acúmulo de água e, por isso, grande chance de proliferação do mosquito. Em todo o ano passado, foram 4.680 fiscalizações realizadas nesses locais.
Também são realizadas visitas a imóveis para orientação e busca de focos: foram 96.912 visitas de rotina. Em quatro edições do Levantamento Rápido de Índice de Infestação para Aedes aegypti (Lira), foram mais 28.715 inspeções.