A paralisação dos técnicos e auxiliares de enfermagem no Hospital Tacchini foi encerrada na manhã desta sexta-feira (30), em Bento Gonçalves. Os profissionais estavam mobilizados desde a quinta-feira (29), na Rua Saldanha Marinho, no Centro, em frente ao acesso dos funcionários. Com o encerramento da mobilização, os serviços foram retomados de forma integral na instituição de saúde, de acordo com o hospital.
A manifestação mostra contrariedade à suspensão da lei que fixa o piso salarial da categoria, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação durou cerca de 24 horas e reuniu em torno de 150 profissionais, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de Caxias do Sul (Sindisaúde). Foram mantidos 30% dos atendimentos, já que são serviços essenciais.
Antes de Bento, houve mobilização de profissionais do Hospital Geral e também do Hospital da Unimed, em Caxias do Sul. Por meio de nota, o Hospital Tacchini afirmou que os atendimentos ambulatoriais não estavam funcionando durante a paralisação e casos não urgentes estavam com tempo de espera maior que o usual. O hospital disse ainda que a instituição entende a reivindicação como justa, mas lamentava a falta de posicionamento político na busca de encontrar fontes de recursos financeiros para arcar com os custos do novo piso salarial.
Entenda o caso
O novo piso foi aprovado em julho deste ano pelo Congresso e a lei sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O piso salarial de enfermeiros foi fixado em R$ 4.750,00. Porém, em 15 de setembro, o plenário do STF manteve uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu a lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A suspensão vale até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.